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Pastagens podem ter ganhos superiores a 20% com uso de óxidos de cálcio e magnésio

No Brasil, cerca de 60% das pastagens apresentam algum grau de degradação, segundo dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Isso ocorre porque muitas áreas ainda são exploradas de forma extrativista, sem manejo adequado ou reposição de nutrientes, o que compromete a fertilidade do solo. O problema se agrava pela limitada disponibilidade de crédito para renovação das áreas e pela falta de assistência técnica especializada, dificultando o planejamento do manejo e a aplicação correta de insumos, especialmente entre pecuaristas de pequeno e médio porte. Como consequência, as pastagens se tornam menos produtivas, com menor acúmulo de massa verde e redução da lotação animal por hectare, comprometendo diretamente a produtividade e a sustentabilidade da pecuária. Nesse cenário, o manejo com óxidos de cálcio e magnésio se apresenta como uma alternativa eficaz, uma vez que estudos agronômicos comprovam incrementos superiores a 100% em massa verde ou matéria seca, resultando em maior disponibilidade de alimento para o rebanho, maior capacidade de suporte e ganhos em eficiência produtiva dentro da mesma área.

Os resultados positivos se devem ao mecanismo de ação dos minerais, que ajustam o pH do solo, tornam nutrientes essenciais mais acessíveis e criam condições químicas equilibradas para o crescimento das gramíneas. Um exemplo é o fósforo, que em solos degradados tende a se fixar em minerais e outros elementos químicos, tornando-se indisponível para absorção pelas plantas. O óxido de cálcio e magnésio atua diretamente na liberação de parte desse macronutriente, favorecendo o crescimento de raízes mais fortes e profundas. Esse desenvolvimento radicular permite maior acúmulo de biomassa, resistência ao pisoteio e capacidade de recuperação rápida após o pastejo, oferecendo ganhos concretos para o pecuarista desde as primeiras aplicações.

“A combinação aumenta a disponibilidade de fósforo e outros elementos que, em solos degradados, ficam retidos e inacessíveis para as plantas, beneficiando diretamente o desenvolvimento das pastagens”, explica o agrônomo Guilherme Alves de Melo, responsável pelo Desenvolvimento Técnico de Mercado (DTM) da Caltec nas áreas de café e pastagens. A Caltec é referência nacional na produção de óxidos de cálcio e magnésio e tem como carro-chefe em seu portfólio o OXIFLUX, ferticorretivo refinado de alta disponibilidade que reage imediatamente em contato com o solo, promovendo ao mesmo tempo o controle da acidez e a nutrição eficaz. O produto pode ser utilizado tanto na abertura e implantação de pastagens quanto no manejo de áreas já estabelecidas, sem necessidade de incorporação.

Resultados em campo – Dentre os benefícios mensurados em campo, destacam-se os resultados consolidados de 26 trabalhos agronômicos conduzidos nos últimos anos, em sete estados brasileiros. Em 19 desses estudos, que trouxeram mensuração numérica da disponibilidade de pasto, observou-se um incremento médio superior a 100% em massa verde ou matéria seca das pastagens tratadas com OXIFLUX, em comparação às áreas sem aplicação do produto. Em áreas degradadas ou em recuperação, os ganhos médios chegaram a 81%, evidenciando o potencial da tecnologia para acelerar a reestruturação do pasto e ampliar a disponibilidade de alimento para o rebanho.

Além dos ganhos em produtividade, destacam-se benefícios como o maior perfilhamento das gramíneas, a resistência ao pisoteio e a recuperação mais rápida após o pastejo. Esses efeitos se somam à ação do magnésio, que favorece a absorção de nutrientes, aumenta a tolerância ao estresse térmico e reduz a incidência de doenças foliares, resultando em pastagens mais uniformes e resilientes ao longo do ciclo. “O ganho não é apenas quantitativo: áreas tratadas mostram maior resistência a períodos secos e consistência no crescimento, o que se traduz em menor variabilidade de produção e maior previsibilidade de resultado para o pecuarista”, reforça Guilherme.

Para maximizar esses efeitos, é essencial que o manejo seja realizado de forma correta, com base em análise de solo e seguindo os princípios dos 4Cs da adubação, que orientam a escolha da fonte certa, na dose adequada, no momento oportuno e no local indicado. Em áreas de sequeiro, o início do período chuvoso é o mais recomendado, enquanto em sistemas irrigados a aplicação pode ocorrer a qualquer momento, já que a água favorece a disponibilidade imediata dos nutrientes. A operação pode ser feita manualmente, com distribuidores acoplados a tratores ou até com drones em terrenos inclinados, garantindo uniformidade e eficiência. Para dar suporte ao produtor em todas essas etapas, a Caltec dispõe de uma equipe técnica especializada que atua diretamente no campo, orientando o manejo, indicando soluções adequadas a cada realidade e contribuindo para superar desafios comuns, como acesso restrito a crédito e falta de assistência técnica.

Ferticorreção e manejo sustentável – O OXIFLUX, produzido pela Caltec, integra o conceito da ferticorreção, que alia o controle da acidez do solo com a oferta de nutrientes, garantindo condições químicas e nutricionais favoráveis ao desenvolvimento das plantas. Mais do que corrigir desequilíbrios, essa prática acelera a resposta produtiva, tornando a adubação mais eficiente. A linha, OXIFLUX, além de opções de misturas com enxofre e formulações enriquecidas com micronutrientes como zinco e boro, tem como principal diferencial a rápida disponibilidade dos nutrientes. A Caltec conta ainda com a linha Fertimacro, um ferticorretivo granulado com NPK que facilita o manejo em campo e contribui para o aumento da produtividade.

O pH equilibrado e nutrição adequada do solo otimizam a produção de massa verde, aceleram a recuperação de áreas degradadas, o que reduz a pressão por abertura de novas áreas e fortalece sistemas produtivos integrados, como o ILPF. Na prática, isso se traduz em maior qualidade de forragem, economia de tempo para o produtor e ganhos econômicos mais consistentes ao longo das safras.

“Ao longo do tempo, o uso contínuo dos óxidos de cálcio e magnésio resulta em pastagens mais produtivas, resilientes e equilibradas ambientalmente, oferecendo aos pecuaristas ferramentas para aumentar a eficiência da atividade sem comprometer a sustentabilidade. Mesmo em períodos de mercado desafiador, em que o valor da arroba não é tão favorável, a forma mais eficiente de diluir custos é produzindo mais com menos, por meio do investimento em correção e nutrição de solos. Ao tratar a pastagem como qualquer outra cultura, com adubação, manejo e atenção regular, o pecuarista garante, com o tempo, um sistema mais produtivo, sustentável e lucrativo”, finaliza Guilherme Alves de Melo, DTM em café e pastagens da Caltec.

Fonte: Leticia Rodrigues 

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