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Pastagens ganham nova tecnologia biológica multifuncional

PASTOMAX, desenvolvido pela Biotrop em parceria com a Embrapa Soja, promove o aumento da rentabilidade e da sustentabilidade, com potencial para ampliar em 22% a produção e qualidade da biomassa do pasto

Estima-se que hoje no Brasil existem 180 milhões de hectares ocupados por pastagens, sendo 120 milhões cultivadas (especialmente braquiárias). De acordo com a Embrapa, cerca de 70% delas encontram-se em algum estágio de degradação. Para resgatá-las e aumentar a produtividade dessas áreas, a Biotrop, empresa de soluções em tecnologia biológica e naturais, em parceria com a Embrapa Soja, lança ao mercado o pacote tecnológico denominado PASTOMAX.

O kit PASTOMAX é composto por três produtos: PASTOMAX PK (Pseudomonas fluorescens CNPSo 2719); PASTOMAX N (Azospirillum brasilense CNPSo 2083 e 2084) e PASTOMAX PROTEGE (aditivo protetor, responsável pela proteção das bactérias contra dessecação e raios solares). A tecnologia inovadora, que associa microrganismos com propriedades multifuncionais, tem potencial para aumentar em 22% a produção das pastagens com braquiárias.

Além de incrementar a produção de biomassa, a inoculação com microrganismos aumenta a absorção de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), pois a maior contribuição das bactérias ocorre pela promoção do crescimento das raízes e pela fixação e mobilização de nutrientes.

Segundo Ederson Santos, biólogo e gerente de portfólio da Biotrop, o PASTOMAX, ao aumentar a absorção de nutrientes pelas gramíneas, proporciona o melhor crescimento, melhora o crescimento radicular e o perfilhamento, resultando em plantas mais robustas e consequentemente em maior produção de arrobas por hectare. “São estirpes elite e exclusivas para pastagem, com formulação de alta estabilidade. O pecuarista vai aumentar a lotação por hectare, e vai produzir mais arroba por área, obtendo maior rentabilidade e produtividade. Esse é o ponto principal”, destaca.

O kit também promove maior praticidade, pois o pecuarista, para fazer as aplicações, não precisará retirar o gado do pasto, já que os produtos não são nocivos ou tóxicos. Além de reduzir o estresse dos animais, não deixa resíduos na carne ou no leite.

“Outros benefícios importantes são obter maior sustentabilidade no manejo de recuperação de pastagens (carne carbono neutro), melhora o aproveitamento de N, P e K, e aumenta a resiliência das plantas à ocorrência de estresses bióticos e abióticos. Com o PASTOMAX é possível racionalizar a utilização de fertilizantes químicos, sequestrar mais carbono pela maior produção de biomassa, além de dar longevidade para as pastagens pelo melhor desenvolvimento e enraizamento das plantas. Assim, conseguimos trabalhar a sustentabilidade no manejo”, ressalta o biólogo.

Testes a campo

Os ensaios conjuntos foram conduzidos em duas condições de solo e clima distintos, com inoculação via sementes e, também foliar em pastagens já estabelecidas. No caso da bactéria Azospirillum brasilense CNPSo 2083 e 2084, considerando o fornecimento equilibrado de fertilizantes e a inoculação via sementes e foliar, os ensaios mostraram aumento no volume das raízes, o que melhorou, em média, em 13% a concentração N na biomassa e em 10,4% a absorção de K.

Por outro lado, a inoculação com Pseudomonas fluorescens CNPSo 2719 favoreceu um conjunto de processos bioquímicos que inclui a solubilização de fosfatos, a síntese de fitormônios e a absorção de nutrientes. Neste caso, impactou no aproveitamento de K, em 11,2%, e de P, em 30,2%.

De acordo com a pesquisadora, Mariangela Hungria, da Embrapa Soja, estes benefícios são constatados tanto pela inoculação via sementes quanto via foliar. “Vale destacar que o desenvolvimento da tecnologia incluiu viabilizar o sinergismo entre os microrganismos e a inoculação foliar. Portanto, é uma conquista para atender a uma demanda dos produtores que precisam melhorar as pastagens já estabelecidas”, destaca.

Para Santos, outro ponto importante a ser destacado é que essa melhoria na qualidade das forragens se transfere para a carne e para o leite. Ou seja, estes produtos terão uma carga maior de nutrientes. “Diversos estudos estão mostrando que esses elementos interferem diretamente na qualidade do animal, gerando melhor acabamento de carcaça, mais marmoreio e maior ganho de peso”, acrescenta.

Parceria colaborativa

As pesquisas e avaliações do PASTOMAX entre a Embrapa e a Biotrop vêm sendo realizadas nas últimas quatro safras. Na parceria, o papel da Embrapa foi uma contribuição técnica para avaliar as respostas à produção de biomassa, incrementos em produtividade, teores de N, P e K. Já a Biotrop contribuiu com suas bactérias e expertise em biológicos na consolidação do produto.

O desenvolvimento do kit reforça o compromisso da empresa em buscar soluções inovadoras e de claro retorno sobre o investimento para seus clientes. “A Biotrop fomenta parcerias público-privadas para acelerar a disponibilização de novas soluções aos agricultores e pecuaristas, tornando o Agro mais sustentável, produtivo e rentável”, explica o biólogo.

Fonte: Kassiana Bonissoni

 

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