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Nutrição de precisão é importante para a sustentabilidade na avicultura e a sanidade das aves matrizes

Depois de um intervalo para networking e um café, o médico veterinário e doutor em Ciências Veterinárias, Keysuke Muramatsu palestrou sobre “Nutrição de precisão e sustentabilidade para as reprodutoras”. Ainda no mesmo tema, o professor Dr. Alex Maiorka discursou sobre “Como a nutrição pode contribuir com a sanidade das reprodutoras”. As apresentações fizeram parte do Bloco Nutrição com muitas informações técnicas e um público bastante atento aos compartilhamentos dos dois profissionais.

Espectroscopia de infravermelho próximo (NIR), análises do ciclo de vida (ACV) com um processo e mecanismo próprios e a nutrição de precisão em si, foram as ferramentas sobre as quais Muramatsu se baseou para falar sobre o banco de dados e explicar as novas análises que mostram as tendências para a nutrição de precisão e a sustentabilidade para reprodutoras.

Entre as características que influenciam a nutrição, estão as medições que devem ser feitas num intervalo de 50μm a 6mm, bem como a velocidade da partícula, que deve ser até 50m/s, e a temperatura da operação que deve ser de 100º celsius. Respeitando estas características, é possível realizar a nutrição de precisão e garantir a sustentabilidade de todo o processo.

De acordo com Muramatsu, a avicultura é responsável por 14,5% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), sendo que é possível diminuir em 17% essa quantidade, se tiver incremento de produtividade, melhor aproveitamento de nutrientes e redução do excesso de fermentação cecal.

Ainda segundo o médico veterinário, ao utilizar 100g/ton da Fitase XX por tonelada de ração, é possível economizar 1.1 tonelada métrica de fosfato para cada um milhão de frangos produzidos. Essa quantidade é equivalente a 31 toneladas métricas de gás carbônico ou, ainda, reduzir em 2 kg de gás carbônico da pegada ecológica.

Outra medida interessante para a sustentabilidade é utilizar 50g/ton de Protase XX por tonelada de ração, medida que reduz a emissão de GEE em 21 toneladas métricas equivalentes de gás carbônico, o que corresponderia a tirar nove carros da estrada, ou 4,8 kg de gás carbônico a menos para a pegada ecológica.

Como o desempenho das reprodutoras depende de uma nutrição equilibrada, a palestra do professor Maiorka, realizada na sequência, fez ainda mais sentido ao reforçar a importância da nutrição para a qualidade de vida, o bem-estar e, principalmente, a sanidade das aves reprodutoras. Para tanto, ele explanou sobre o sistema digestório, os desafios alimentares e nutricionais, bem como suas implicações nas aves frente aos problemas sanitários que podem ocorrer.

Maiorka lembrou que é necessário considerar que inúmeros agentes infecciosos podem lesionar a mucosa do trato digestório das aves, além de comprometer os processos de digestão e absorção. Entre estes agentes estão bactérias, vírus, fungos e protozoários, as variações de temperatura e a qualidade da cama, o tempo de jejum, fitato e micotoxinas.

Com relação às implicações, o professor destacou que as infecções intestinais das aves são influenciadas direta ou indiretamente pelos nutrientes e compostos presentes na dieta dos animais. Ele afirmou, ainda, que a presença de certos compostos na ração pode desencadear processos que prejudicam a mucosa.

Dessa forma, Maiorka concluiu que é de extrema importância assegurar a imunidade e a sanidade das aves matrizes com bons ingredientes e seus níveis nutricionais adequados.

Fonte: MB Comunicação Empresarial

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