Ainda em discussão, uma das alterações propostas na Portaria nº 532/2022 do Mapa, é a redução da umidade do grão, dos atuais 14% para 13%
O monitoramento da umidade de grãos de soja é um dos fatores que auxilia o produtor rural na tomada de decisão da melhor hora para fazer a colheita. É preciso estar alerta, quanto maior o percentual de umidade maiores as chances de perdas de grãos.
Esse assunto ganha destaque, nesse momento, em razão da Portaria nº 532/2022, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estabelece o Regulamento Técnico, definindo o padrão oficial de classificação da soja e de seus subprodutos.
Uma das alterações propostas é a redução do teor da umidade do grão, de 14% para 13%. Também estão sendo revisados os conceitos de grãos fermentados, imaturos e esverdeados e a criação de um grupo especial com altos teores de óleo e proteína e seus respectivos tipos.
A redução de umidade é vista como positiva pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), até porque quanto mais alto for o percentual de umidade no grão, mais suscetível ele está à deterioração e a contaminação por fungos e micotoxinas. Por outro lado, colher abaixo de 12% também não é recomendável para evitar grãos quebrados e rachados, o que reduz a produtividade.
Desta forma, a redução de 1% vai garantir um produto com mais qualidade, especialmente para a exportação, além de aumentar a competitividade internacional do país.
A questão é se o produtor está preparado para entregar o grão de soja nos padrões a serem estabelecidos daqui para frente e o que essas mudanças podem representar para ele e para as cooperativas, tradings, estabelecimentos compradores de grãos.
Para a instrutora do Senar-PR, Ellen Piffer Buso, nem sempre uma mudança agradará 100% dos envolvidos. Mas as mudanças com relação aos conceitos de grãos fermentados levarão a subjetividade maior do que já existe. “Em alguns momentos agradará uma parcela dos envolvidos e em outro momento desagradará”, comenta. No quesito umidade de grãos, Ellen diz que no Paraná, por exemplo, normalmente os produtores já colhem a soja com umidade bem baixa. “Não vejo problema, em princípio, para o produtor conseguir entregar a soja neste novo padrão de umidade, caso venha a ser aceito, porém o monitoramento da umidade dos grãos na lavoura, é um dos fatores que ajudam o produtor a saber qual o melhor momento para fazer a colheita”, observa.
Isto significa que, com as alterações nos percentuais de umidade do grão, os produtores rurais vão precisar buscar, na prática, tecnologias para decidirem qual o melhor momento da colheita.
Samara Czajkowski, responsável pelo setor de Marketing da empresa LocSolution, detentora da marca Motomco de aparelhos medidores de umidade de grãos, com sede em Curitiba, sugere aos produtores que busquem tecnologias para verificação do controle de umidade.
“O produtor vai precisar se preparar melhor no período da safra, monitorando a colheita com medidores de umidade de grãos indicados para lavoura, capazes de conferir resultados mais precisos, isso evita consideravelmente as perdas”, explica Samara.
De acordo com ela, como fabricante de equipamentos medidores de umidade, a marca Motomco continua líder de mercado e com a melhor referência em umidade, garantindo um resultado mais preciso aos seus clientes.
“O produtor que passar a utilizar tecnologias na sua operação, conseguirá visualizar melhor a produção e garantirá o padrão de qualidade exigido pelas novas mudanças”, enfatiza.
Entidades representantes do setor do agronegócio têm se reunido com representantes do Mapa para avaliar as mudanças propostas, antes de ser publicada a nova Instrução Normativa estabelecendo o novo padrão oficial de classificação da soja .
Fonte: VB Comunicacao