Em meio às crescentes preocupações com surtos de peste suína africana, o acordo de regionalização firmado entre Brasil e Singapura para o comércio de carne suína se destaca como uma estratégia inovadora para garantir a segurança sanitária e ampliar o acesso aos mercados internacionais. Essa movimentação não apenas abre novas oportunidades comerciais para o setor suinícola brasileiro, mas também reforça a necessidade de medidas preventivas eficazes.
Contexto econômico e comercial
O acordo representa um marco para o Brasil, que registrou em janeiro de 2025 um recorde histórico na exportação de carne suína para o mês, com Singapura ocupando a sexta posição entre os principais destinos. “O acordo mostra a confiança deste mercado na qualidade e segurança da carne suína brasileira, pois Singapura é considerado um dos mercados mais exigentes nesses aspectos na Ásia. É uma oportunidade de aumentar ainda mais a capilaridade de destinos para a carne suína brasileira, o que vem impulsionando o sucesso de exportação”, destaca Mara Costa, médica veterinária e Gerente de Serviços Técnicos focada em suínos da Kemin.
O Brasil segue protocolos rigorosos para garantir a segurança e atender às exigências sanitárias dos mercados internacionais. Segundo a especialista, “Não obstante, a qualidade da produção e o compromisso com a sustentabilidade garantem ao Brasil o reconhecimento de ser referência em fornecedor de carne suína”.
Desafios e medidas de prevenção sanitária
A peste suína africana continua sendo uma grande preocupação global, mas o Brasil se destaca por estar livre das principais doenças suínas altamente contagiosas, como a Peste Suína Africana e a PRRS (Síndrome Respiratória e Reprodutiva Suína). “Isso se deve ao compromisso de todo o setor da suinocultura nacional com a biossegurança e a sanidade. Desde a chegada do material genético ao país, os animais passam por exames rigorosos, garantindo que apenas animais saudáveis entrem no plantel brasileiro. Essa abordagem, aliada às boas práticas de bem-estar animal, garante a qualidade e segurança da carne suína exportada”, explica Mara.
Para manter essa segurança, as melhores práticas de biossegurança envolvem desde protocolos sanitários nas granjas até a nutrição de qualidade. Políticas de prevenção integradas, combinando estratégias regulatórias e soluções tecnológicas, são fundamentais para proteger o setor e garantir a estabilidade das exportações.
Inovação e soluções técnicas no combate a doenças animais
A segurança do alimento também passa pelo desenvolvimento de soluções inovadoras no setor suinícola. A Kemin, fabricante global de ingredientes voltados para a saúde animal, tem no portfólio produtos que garantem qualidade durante todo o processo de produção de alimentos. “Foram realizados estudos inovadores para compreender o papel das matérias-primas e ingredientes como fatores de risco em doenças como a Peste Suína Africana e a PRRS. Produtos à base de ácidos orgânicos, apresentam soluções que podem mitigar os desafios durante o processo de armazenamento e produção das rações”, afirma Mara.
Os desafios sanitários e alimentares também envolvem qualidade das matérias-primas, estresse e ambiência no sistema de produção de suínos. “Garantir a saúde e boa imunidade dos animais é essencial para manter a inocuidade dos alimentos , a produtividade e a rentabilidade, seja para exportação ou para atender ao mercado interno”, destaca Mara.
A Kemin oferece soluções na linha de saúde intestinal, incluindo probióticos de cepa única ou multicepas, blends de ácidos orgânicos e óleos essenciais, beta-glucanos de algas e butiratos. Essas soluções garantem benefícios desde a matriz suína até o animal no momento do abate. O Aleta, um beta-glucano de alga, é um dos produtos de eleição na Ásia para clientes enfrentando desafios como a Peste Suína Africana, além de ser utilizado na Europa e nos EUA para combater a PRRS. “O Aleta melhora a imunidade via colostro da porca, aumentando sua produção e qualidade, além de fortalecer diretamente o sistema imunológico do animal e otimizar a resposta à vacina”, explica Mara Costa.
O acordo de regionalização entre Brasil e Singapura representa um grande avanço para o setor suinícola nacional, abrindo novas oportunidades comerciais e reforçando a necessidade de manter altos padrões sanitários. Com protocolos rigorosos, medidas de biossegurança eficazes e inovação tecnológica, o Brasil se consolida como um fornecedor confiável de carne suína para os mercados mais exigentes do mundo e as soluções da Kemin desempenham um papel fundamental nesse cenário, garantindo maior segurança, imunidade e produtividade ao setor, posicionando o país como uma potência global na produção suinícola.
Fonte: Mariana Cremasco