20.7 C
Jatai
InícioNotíciasCategoria GeralNova tecnologia contra resistência da traça das crucíferas

Nova tecnologia contra resistência da traça das crucíferas

Controle convencional atual não vem surtindo efeito com aplicação de defensivos exagerada

Uma nova tecnologia de combate à traça-das-crucíferas (Plutella xylostella) está sendo desenvolvida para o manejo da resistência dessa praga aos pesticidas existentes no mercado. De acordo com a ISCA Tecnologias, criadora da alternativa, o controle convencional atual não vem surtindo efeito em função da capacidade desta espécie de resistir ao inseticida a cada nova geração.

A traça é uma pequena mariposa que está inviabilizando a produção de repolho e outras braquiárias (antes conhecidas como crucíferas) no mundo todo, com prejuízos globais estimados em até US$ 5 bilhões. Segundo a ISCA, um fator importante que amplia esse prejuízo é a variedade de plantas que essa traça consegue atacar. Os dados mostram que a praga atinge nada menos que 365 gêneros e 3200 espécies de plantas diferentes, entre elas repolho, brócolis, nabo, mostarda, agrião, canola e couve.

Na sua fase larval, traça-das-crucíferas danifica as folhas das hortaliças fazendo com que elas percam valor comercial ou danificando completamente a produção. A praga utiliza muito o olfato, principalmente quando fêmeas grávidas identificam e diferenciam as plantas mais propícias para colocar seus ovos.

No entanto, a questão da resistência aos defensivos mais comuns existentes no mercado é o principal problema que requer urgência na disponibilização de novas tecnologias para atuarem no combate à traça-das-crucíferas. Isso porque as braquiárias são geralmente cultivadas por pequenos produtores, com pouca ou nenhuma assistência técnica, onde os produtos tradicionais acabam sendo usados de forma abusiva, fazendo com que a P. xylostella se torne resistente a praticamente todos os inseticidas em muitos países.

Nos países tropicais, onde as crucíferas são cultivadas em todo ano, a P. xylostella pode reproduzir até 20 gerações a cada 12 meses. Esta situação leva ao rápido acúmulo de resistência a inseticidas. Para superar a resistência, os agricultores muitas vezes aumentam as doses de inseticida, usam misturas de vários produtos químicos e pulverizam com mais frequência, às vezes a cada dois dias, criando um ‘círculo vicioso’.

Nesse cenário, a ISCA buscou inovar na estratégia de controle. Como essas mariposas têm hábitos noturnos e dependem completamente do cheiro para encontrar plantas para alimentação ou parceiros para se acasalar, a tecnologia desenvolvida utiliza justamente essa característica contra a praga: os produtos testados pelos pesquisadores liberam cheiros similares aos que atraem a mariposa.

Trata-se de um blend de compostos com cheiro de plantas que atrai os insetos que buscam se alimentar. “O desafio é conseguir entregar ao mercado produtos práticos, de fácil uso, eficazes no controle da praga e acessíveis. Dois produtos devem ir ao mercado, um produto para captura massal da traça em armadilhas e outro que atrai o inseto para se alimentar de um inseticida”, afirma  ISCA.

“Os produtos em desenvolvimento já estão mostrando seus primeiros resultados em plantações comerciais do México. Muito em breve os produtores e consumidores de crucíferas do mundo todo poderão se beneficiar destes resultados destas novas tecnologias”, conclui a empresa – mundialmente reconhecida por encontrar formas inovadoras, acessíveis e práticas que permitam aos produtores voltar a ter sucesso nas colheitas.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems

spot_img

Últimas Publicações

ACOMPANHE NAS REDES SOCIAIS