A escassez de água é um dos maiores desafios enfrentados pelo agronegócio atualmente. Para superar esse cenário, é essencial que os produtores adotem práticas mais sustentáveis e tenham acesso a tecnologias inovadoras, como o uso estratégico de matéria orgânica no solo.
Com esse objetivo, a empresa Terraplant Fertilizantes, sediada em Chapecó (SC), desenvolve há mais de 23 anos fertilizantes orgânicos e organominerais a partir da compostagem de camas de aves. Esses produtos promovem a descompactação do solo, aumentando sua porosidade, capacidade de retenção de água, diminuindo a resistência à penetração e permitindo que ele funcione como uma “esponja”, capaz de reter água, tornando este ambiente mais resiliente a períodos de estresse hídrico. Além de entregar uma nutrição completa, gradual e equilibrada para as plantas.
Segundo Jorge Lemainski, chefe-geral da Embrapa, cada quilo de matéria orgânica no solo pode reter até 18 litros de água, um dado que reforça a importância dessa prática para a sustentabilidade agrícola.
A engenheira agrônoma da Terraplant, Luiza Borsoi, explica que, “a matéria orgânica utilizada nos produtos da empresa já passa por um processo de compostagem e está pronta para atuar na melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Ao ser incorporada ao solo, ela ativa a microbiota local, fornecendo alimento para os microrganismos que, por sua vez, promovem uma série de benefícios. Esses microrganismos aumentam a atividade biológica do solo, unindo partículas minerais e orgânicas, formando agregados. Isso gera maior porosidade e intensifica o chamado ‘efeito esponja’, ou seja, aumenta a capacidade do solo em reter água “, destaca Luiza.
Com a formação desses agregados, criam-se galerias naturais no solo que facilitam a infiltração e retenção da água da chuva. Além disso, as raízes das plantas conseguem absorver melhor os nutrientes, pois os microrganismos também produzem substâncias orgânicas que ficam prontamente disponíveis para as plantas. “Muitas vezes, o solo contém nitrogênio, fósforo e potássio, mas em formas que a planta não consegue absorver. Com a ação dos microrganismos, esses nutrientes são liberados de forma assimilável, aumentando a eficiência da adubação”, explica a engenheira agrônoma.
Além de potencializar a produtividade das lavouras, o uso da cama de aves como matéria-prima está alinhado aos princípios da economia circular e da preservação ambiental, ao reaproveitar um resíduo que, de outra forma, seria descartado na natureza, muitas vezes de forma inadequada.
Diferencial está na matéria orgânica
Todo esse processo de retenção de água no solo só é possível devido à propriedade da matéria orgânica diferenciada que é processada pela Terraplant Fertilizantes. “O nosso diferencial é a matéria orgânica selecionada, nós compramos camas de aves num padrão rigoroso que possuem um processo de composto para entregar uma qualidade de matéria-prima final. Desenvolvemos a metodologia GranMAX que garante todo esse ciclo produtivo, desde a seleção dessa cama de aves até entregar os nossos produtos para os clientes”, explica o Mestre e Doutor em Manejo e Conservação do Solo e da Água, e, Coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na Terraplant Fertilizantes, Alex Becker.
Segundo Becker, essa matéria orgânica de qualidade potencializa uma nutrição completa, e estimula o crescimento de raiz e de micro-organismos, proporcionando o efeito esponja no solo.
“A gente tem visto que as áreas que a gente tem plantado com os nossos fertilizantes, em períodos de estresse hídrico, ou seja, falta de água, as plantas se tornam mais resilientes porque tem mais raiz, mais boca para buscar água e nutrientes para passar esses períodos de deficiência hídrica”, enfatiza Becker.
Além de potencializar o armazenamento de água no solo, os produtos da Terraplant Fertilizantes estimulam o crescimento do sistema radicular da planta, levando ácidos orgânicos junto do fertilizante, os quais estimulam enzimas propriamente dentro da planta. “Com um maior crescimento de raiz eu vou ter uma maior parte de solo explorada, consequentemente, as plantas vão conseguir buscar mais água e nutrientes. Tendo a matéria orgânica dentro do organomineral, que é o nosso diferencial, assim minimiza a questão de salinidade dos químicos, como por exemplo do cloreto de potássio”, destaca Becker.
Fonte: Giordana Pezzini