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Nova cultivar de café de alta produtividade

Um estudo genético realizado, durante treze anos, pela Embrapa Rondônia resultou na variedade de café arábica Catucaí Amarelo 2SL. As características impressionam: alta produtividade (35 sacas/ha média de três anos). Nos ensaios realizados no município de Alta Floresta d’Oeste a produtividade média de três anos da cultivar foi de 36 sacas/ha, sendo que na segunda colheita a produtividade chegou a 51 sacas/ha.

A variedade tem potencial produtivo em temperaturas elevadas o que possibilitou estender o plantio para o estado de Rondônia, em regiões acime de 300 metros de altitude e temperaturas em torno de 26 graus.Tem alta exigência de água, com necessidade de irrigação, ciclo de maturação precoce a médio, é moderadamente resistente à ferrugem e Phoma e suscetível a bicho-mineiro, ácaro-vermelho, cochonilha-da-roseta e nematoides. O porte das plantas é baixo, uniformidade de maturação alta. Plantio em outubro e colheita em março. A cor dos frutos é amarela.

Os estudos selecionaram a cultivar e duas linhagens entre 57 genótipos de café arábica avaliados, pois elas mostraram produtividade acima de 35 sacas por hectare, acima da média brasileira de 30 sacas por hectare. A qualidade da bebida superou as expectativas, alcançando notas superiores a 80 pontos, na escala de 0 a 100 da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA), o que a coloca na categoria de café especial, de acordo com os padrões internacionais de qualidade. O Catucaí Amarelo apresentou corpo acentuado, cremoso, baixa acidez e sabores que remetem ao caramelo e chocolates.

Primeiro arábica para a Amazônia

Rondônia é o quinto maior produtor de café do país e o segundo da espécie canéfora (conilon e robusta). Seu cultivo é realizado por cerca de 20 mil produtores familiares e exclusivamente da espécie canéfora. “A indicação de uma cultivar da espécie arábica é estratégica para o estado, pois atende a demanda por esse tipo de grão na região amazônica, tanto para a produção de cafés especiais, ou gourmets, quanto para a utilização em blends, que é a mistura de grãos de cafés arábica e canéfora”, explica o pesquisador da Embrapa, Alexsandro Teixeira. Atualmente, todo o café arábica consumido no norte do Brasil é oriundo de outras regiões produtoras, como Minas Gerais e São Paulo.

Fonte: Agrolink Por Eliza Maliszewski

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