Anualmente, em 24 de julho, é celebrado no calendário local o Dia do Suinocultor, com o intuito de homenagear os profissionais que se dedicam à criação de suínos. Para marcar a data, a Boehringer Ingelheim, farmacêutica multinacional, destaca os dados do segmento de suínos brasileiro, que estão disponíveis em sua coletânea global de 2025, realizada pela Rabobank, multinacional holandesa de serviços financeiros, e que traz o panorama completo sobre o mercado da proteína animal no ano.
O panorama completo apresentado pela pesquisa expõe dois pontos principais sobre o mercado brasileiro que podem trazer esperança de um fechamento de 2025 positivo para a suinocultura. O primeiro deles é o aumento da produção dessa proteína no país, com um crescimento projetado de 1% a 2% até dezembro de 2025. O segundo deles refere-se às exportações, que devem atingir um novo recorde, mesmo com a queda das exportações para a China e com possíveis barreiras tarifárias levantadas pelo governo dos Estados Unidos. Isso se deve principalmente devido ao crescimento na demanda proveniente de outros mercados, em especial das Filipinas, que têm aumentado suas compras da proteína suína brasileira.
Outra oportunidade para o mercado suíno brasileiro exposta na coletânea refere-se à redução global na oferta de carne bovina (após três anos consecutivos de aumento), devido à retenção de fêmeas para aumentar a produção de bezerros, trazendo ainda mais oportunidades para os consumidores optarem pela carne suína.
“Chegamos à metade do ano e fazer o exercício de revisitar as projeções anuais é fundamental para alinhar expectativas e traçar os caminhos para o segundo semestre. A diminuição no consumo de carne bovina, aliada ao aumento na produção de carne suína, pode apresentar uma oportunidade importante para a suinocultura brasileira, crescendo na exportação e no consumo interno do alimento”, explica Abilio Alessandri, diretor da unidade de aves e suínos da Boehringer Ingelheim.
Além dos destaques sobre o mercado brasileiro de suinocultura, o material também apresenta tendências gerais sobre o agronegócio brasileiro, que podem influenciar o segmento durante os próximos meses:
. A sustentabilidade continua sendo uma prioridade para o agro brasileiro, com a necessidade do desenvolvimento de tecnologias acessíveis para a coleta e monitoramento de dados ambientais;
. Conflitos militares e políticas protecionistas podem impactar o comércio global, como a política de taxação dos EUA, adicionando volatidade aos mercados;
. A economia global ainda está se recuperando, e mudanças políticas podem afetar a demanda e o acesso às proteínas animais.
Biosseguridade e Inovação
Por fim, a coletânea também traz insights sobre o papel da biosseguridade para o setor global de suínos e sua importância para a garantia de uma proteína de qualidade. Neste sentido, o levantamento reforça que doenças animais, como a febre suína africana, ainda continuam sendo um desafio para o setor de forma global, especialmente no Sudeste Asiático, e que podem ser fatores de impacto negativo. “A inovação e a biosseguridade andam lado a lado. O investimento em tecnologia possibilita a criação de novos medicamentos e vacinas para combater essas enfermidades tão prejudicais à saúde da população e à economia. A tecnologia também pode ser aplicada para identificar riscos e possíveis problemas antes mesmo de eles ocorrerem. Por isso, as práticas de biosseguridade devem estar alinhadas com a inovação, visto que o apoio da tecnologia garante uma tomada de decisão mais assertiva, impactando na qualidade final do produto que chega à população”, finaliza o executivo.
Fonte: Ideal Axicom <breno.beham=