Com a colheita avançando, a Companhia nacional de Abastecimento (Conab), estimativa a área da safra 2024/25 em 47,5 milhões de hectares, crescimento de 2,8% em relação à safra 2023/24. A produção é projetada é de 166 milhões de toneladas, 12,4% ou 18,3 milhões de toneladas acima do total produzido na safra anterior. Junto com o crescimento da produção, aumentam os desafios no manejo de plantas daninhas, entre elas, principalmente no Sul do país e que vem preocupando produtores do Mato Grosso: o caruru, que pode impactar a produtividade da oleaginosa em até 80 %. Para auxiliar o sojicultor neste desafio, a Corteva Agriscience possui o Sistema Enlist®, por meio de variedades com alto potencial produtivo, que possibilitam um melhor manejo de plantas daninhas e de lagartas.
“Nas últimas safras, as lavouras brasileiras, principalmente da região sul, tiveram alta incidência de caruru (Amaranthus hybridus), uma planta exótica e extremamente agressiva, agricultores enfrentam dificuldades em controlar e que ameaça diretamente a produtividade e a rentabilidade da soja, já que compete diretamente com as culturas por água, luz e nutrientes, reduzindo drasticamente a produtividade das lavouras. Estudos mostram que, em situações de infestação severa, o caruru pode causar perdas de até 80% nas lavouras de soja, chegando a inviabilizar a colheita”, explica Maicon Detoni, Gerente de Marketing Enlist para o Sul.
O caruru tem capacidade de produzir entre 300 mil e 400 mil sementes por planta, o que facilita sua disseminação e torna seu controle muito desafiador. “Com isso, o produtor deve ficar atento aos métodos de disseminação, sendo os principais: máquinas e implementos agrícolas, esterco de animais, pássaros e sementes ilegais”, aponta Detoni.
Resistência aos herbicidas
Segundo Detoni, o caruru tem se mostrado resistente a herbicidas comumente usados pelos agricultores, como a glifosato e a herbicidas inibidores da enzima Acetolactato Sintase (ALS), diminuindo as alternativas de controle dessa invasora. “Além disso, essa daninha apresenta fluxo contínuo de germinação e alta capacidade competitiva, fatores que dificultam o seu manejo e reduzem a produtividade das lavouras de soja. Isso faz com que o controle se torne ainda mais complexo e caro. A resistência ao glifosato, que já foi uma ferramenta amplamente eficaz no controle de plantas daninhas, agora é um grande desafio para os agricultores do estado, que precisam buscar alternativas para enfrentar a invasão do caruru”, pontua.
Manejo do caruru está associado a escolha da semente
De acordo com Detoni, o controle do caruru e das demais invasoras deve começar com a escolha correta das variedades e, consequentemente, da biotecnologia presente nelas, ação crucial para que haja a possibilidade de um melhor manejo. “O Sistema Enlist®, que já está em sua quarta safra no Brasil, vem de encontro às necessidades dos agricultores que enfrentam diversos desafios no manejo de plantas daninhas tolerantes ou resistentes ao glifosato, já que as variedades com a inovação são tolerantes aos herbicidas Enlist® Colex-D® (novo 2,4-D sal colina), glifosato e glufosinato de amônio, trazendo uma evolução e alta eficácia no manejo”, destaca.
O Sistema Enlist® traz evolução e uma nova opção de escolha ao agricultor. É formado pelos pilares de Sementes e Biotecnologia, Herbicidas e Genética de Alta Produtividade, aliado à base de Boas Práticas Agrícolas. Variedades de soja com a tecnologia Enlist E3® são tolerantes aos herbicidas Enlist® Colex-D® (novo 2,4-D sal colina), glifosato e glufosinato de amônio. Já as variedades Conkesta E3®, além da tolerância aos três herbicidas, trazem também duas proteínas Bt (Cry1F e Cry1Ac), que auxiliam na proteção contra as principais lagartas na cultura, entre elas, a Lagarta-da-Soja (Anticarsia gemmatalis), Lagarta-Falsa-Medideira (Chrysodeixis includens), Lagarta-Elasmo (Elasmopalpus lignosellus), Lagarta-das-Maçãs (Chloridea virescens) e Lagarta-helicoverpa (Helicoverpa armígera).
Já no pilar de herbicidas, o Enlist® Colex-D® traz inovação por ser um novo sal de 2,4-D e uma nova formulação que traz eficácia no controle de plantas daninhas e segurança na aplicação devido redução do potencial de deriva de até 90% – quando aplicado com ponta com indução de ar-, ultrabaixa volatilidade e redução de odor, característicos de formulações herbicidas a base de 2,4-D sal amina. Além disso, o produto traz muita flexibilidade ao agricultor, que pode aplicar o herbicida desde a dessecação pré-plantio (plante-aplique/aplique-
Fonte: FELIPE TERUEL DE SOUZA