Cada vez mais as mulheres avançam na unidade por setores profissionais que, antes, eram majoritariamente masculinos
Quando se pensa em uma usina sucroenergética, a imagem que geralmente se tem é de homens trabalhando na planta e na operação. As mulheres conquistaram seus espaços e estão os ampliando cada dia mais. E na CRV Industrial, usina em Carmo do Rio Verde, em Goiás, o sexo feminino não é visto como frágil.
Na oficina, o cabelo loiro de Valéria Batista Ferreira Gomides chama atenção. Vaidosa, sempre de protetor solar com base, batom e rímel, ela é colaboradora da área da manutenção hidráulica da oficina há sete anos.
Valéria conta que essa paixão começou desde quando era criança. “Desde pequena gostava de abrir e arrumar os carrinhos do meu irmão. Minha família não acreditava que eu iria prosseguir por esse caminho. Me capacitei e comecei a trabalhar na área”, conta rindo.
Hoje é a única mulher no departamento e faz a revisão de bomba de direção, de motores, de cilindro, de caixa de direção e outras partes de colhedora, pá escavadeiras e máquinas agrícolas. “Gostaria de agradecer a toda a direção da usina por ter acreditado no meu trabalho”, afirma.
Fábrica
Na planta industrial encontramos, Gilvoneide Domingos dos Santos, operadora industrial, mais conhecida como Neide. Ela trabalha no tratamento da calda na fabricação do açúcar há nove anos. “Já fui convidada para trabalhar em outros setores, mas amo o que faço. As pessoas já não estranham mais quando eu falo que trabalho dentro da usina, tenho muito tempo de casa”, explica.
Mesmo não podendo usar cosméticos e adereços no trabalho, Neide conta que isso não interfere no seu dia a dia. “Quando chego em casa, sempre me arrumo”.
Fonte: Cejane Pupulin