O resultado foi baseado na transmissão da mutação genética para os fetos dos animais
Uma tecnologia capaz de alterar genomas das espécies foi testada em mamíferos pela primeira vez e conseguiu impedir 73% dos nascimentos de roedores. Utilizando os genes CRISPR, os pesquisadores conseguiram desenvolver impulsos genéticos a fim de erradicar uma população inteira de animais problemáticos.
O resultado foi baseado na transmissão da mutação genética para os fetos, fazendo com que o número de proliferação diminuísse drasticamente. No entanto, muitos biólogos são contra o uso dessa técnica porque acreditam que ela poderia causar problemas para toda uma espécie, uma vez que saísse do controle.
De acordo com Paul Thomas, geneticista da Universidade de Adelaide, na Austrália, apesar da técnica ter se mostrado promissora, seu uso desregrado pode ser preocupante. Ele afirma que que toda tecnologia inovadora deve ser amplamente testada e debatida antes de ser disponibilizada no mercado como forma de garantir sua segurança e eficácia.
“Há uma indicação de que poderia funcionar, mas também é preocupante. Gostaria que tivéssemos mais tempo de estudo e pesquisas para que os genes pudessem ser considerados como uma ferramenta útil para o controle de populações de roedores”, comenta.
Por outro lado, os especialistas da área também admitem que o uso da tecnologia significaria um grande avanço na busca pela evolução genética. Para Thomas, é inegável que a solução demonstra um grande potencial para o combate de animais indesejados, porém nada pode ser feito de forma precipitada. “Isso dá uma indicação de quanto você tem que seguir em frente. Esperamos que esta é uma ferramenta que poderia servir a comunidade”, conclui.
Fonte: Agrolink/Por Leonardo Gottems
Crédito Imagem: Domínio Público/Pixabay