Participando desde a 1ª edição do Congresso, o grupo faz parte do Programa de Formação das Mulheres Cooperativistas da COMIGO e tem como objetivo incentivar e fortalecer a cooperativa e o cooperativismo
O cooperativismo está presente, direta ou indiretamente, no dia a dia. No Brasil, ele se situa em diversos ramos, como agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, entre outros. Seu principal objetivo é promover, ao mesmo tempo, o desenvolvimento econômico, social, individual e coletivo, sempre de maneira sustentável e equilibrada.
Segundo dados de 2019 da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Brasil tem um total de 5.314 cooperativas e mais de 15,5 milhões de cooperados – em que 82% são pessoas físicas e 18% pessoas jurídicas.
Além disso, 2.522 dessas cooperativas têm mais de 20 anos de atuação, comprovando sua importância e força, mesmo com o passar do tempo.
Toda essa presença é marcada, também, com o aumento de mulheres nas organizações. Um exemplo é o Programa de Formação das Mulheres Cooperativistas da COMIGO (Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano), que além de fomentar o desenvolvimento e atuação feminina na área, promove uma caravana para o CNMA, desde 2016, em sua primeira edição.
A Analista de Desenvolvimento de Cooperados, Siomara Martins de Oliveira, é responsável por toda essa movimentação e conta que o Programa teve início em 2015. “Por meio dele, buscamos estimular atitudes, habilidades e competências necessárias para a melhor atuação feminina no quadro social da cooperativa e promover a sustentabilidade do setor. Com a formação dessas mulheres, conseguimos fomentar o envolvimento e a participação delas na Cooperativa, com a projeção de potenciais cooperadas e lideranças, a ampliação do comportamento empreendedor, o protagonismo dentro da propriedade e uma maior fidelização da família associada.”
O programa é uma formação de seis meses e, de acordo com Siomara, mesmo quando chega ao final, as mulheres não param. E foi pensando nisso que montaram a Comissão das Mulheres Cooperativistas da COMIGO, onde realizam várias atividades junto a Cooperativa desde ações sociais, divulgação da Cooperativa, até mesmo montando as turmas para formação do ano seguinte.
“Elas recebem treinamentos específicos para a Comissão, estão presentes em grandes eventos, como o CNMA, e algumas são convidadas a participar do Conselho de Administração e Fiscal da Cooperativa, ou seja, passam a ter uma maior visibilidade, força e liderança”, explica.
Amigas de longa data
Já imaginou uma viagem de quase mil quilômetros só de mulheres em busca de conhecimento, troca de ideias e inspiração? É isso o que ocorre com as cooperadas da COMIGO, que participam do CNMA desde 2016, em sua primeira edição.
“Foi notório a repercussão positiva entre as cooperadas. No ano seguinte, em 2017, levamos outra turma, mas as que tinham ido no ano anterior foram também, por conta própria, e disseram que foi um diferencial na vida delas, pois tiveram alguns “starts” e foram estimuladas a saírem da zona de conforto, já que o Congresso dá essa condição de vislumbre, com o encontro de mulheres que se inspiram umas nas outras, cases de sucesso e muito mais”, compartilha.
Mas essa organização para ir ao CNMA tem um pré-requisito: participar da Formação das Mulheres Cooperativistas ou estar na Comissão das Mulheres Cooperativistas. A COMIGO subsidia 100% das despesas e, para este ano, são esperadas 69 mulheres.
“Quando iniciamos o curso, agora em maio, elas já sabem do Congresso e ficam sintonizadas e cheias de expectativas quanto a programação do evento, quem são os palestrantes, que dia vamos sair, como vai ser nossa camisa esse ano. E seguem nesse clima animado durante os seis meses. É contagiante. Depois do evento, elas sempre retornam cheias de planos, de novas amizades e repleta de ideias e perspectivas.”
Para finalizar, Siomara deixa um recado para todas as mulheres. “Nós somos sinônimo de luta, coragem, fazemos a diferença onde quer que seja, no meio rural ou na cidade. Somos empreendedoras natas, protagonistas, transformadoras e peças-chave no desenvolvimento do agro.”
Fonte: Nathalia Luperini
