A produção de algodão em caroço em Mato Grosso para a safra 2017/2018 pode ser de 2,8 milhões de toneladas, um aumento de 7,6% em relação ao período produtivo anterior e que representaria um recorde para o estado. A estimativa do setor leva em consideração a recuperação das indústrias têxteis no ano passado e a consolidação da economia brasileira nesse ano.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a área cultivada de algodão deve aumentar em 15,8% na comparação com 2016/2017. Com isso, a área plantada pode ficar em 725,6 mil hectares, valor também recorde.
“Em relação ao custo da produção da pluma em Mato Grosso, as expectativas também são boas, dado que o ponto de equilíbrio da safra futura está avaliado em R$ 82,51 a arroba, o que retrata um recuo de 5,5% frente ao que foi visto na safra 2016/2017”, explica, ainda, o Imea.
O ponto de equilíbrio relaciona o valor por arroba de algodão necessário para que os gastos com a produção (variável) sejam cobertos. O índice vinha registrando alta desde a safra 2014/2015, mas começou a ceder, o que indica que o rendimentos para os produtores poderão melhorar a partir de agora.
O bom momento da cotonicultura da próxima safra deve ser uma continuidade dos últimos períodos produtivos. A safra 2015/2016, por exemplo, seguiu até o mês de julho do ano passado com ofertas escassas e preços historicamente altos, a uma média de R$ 85,77 a arroba. A entrada da safra passada, com farta produção do algodão em caroço, acabou baixando a cotação para um média de R$ 74,92 a arroba no segundo segundo semestre.
O Imea lembra, porém, que os resultados dependem das condições climáticas. Além disso, o trabalho com a fibra será beneficiado pela negociação antecipada. Aproximadamente 61% da produção já foi comercializada, fato importante para que os produtores se atentem às novas negociações para continuar viabilizando seus custos, para garantir os ganhos na safra.
Mato Grosso é o maior produtor nacional de algodão em caroço, seguido pela Bahia e por Mato Grosso do Sul. O Brasil é um dos cinco maiores produtores do mundo, ao lado da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.
Fonte: RDNEWS
Imagem créditos: Governo Goiás



