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Miopatias em equinos: como tratar esses distúrbios musculares

Os cavalos envolvidos em atividades esportivas, como hipismo, enduro e três tambores, entre outras, e até mesmo aqueles utilizados apenas para passeios esporádicos, como nos casos de romarias, podem enfrentar distúrbios musculares por variadas causas. “Em equinos atletas, o excesso de treinos e provas pode predispô-los a lesões e traumas musculares que, quando não tratados, levam a fibroses na musculatura e ainda influenciam diretamente seu rendimento esportivo. Por isso, é necessário estar atento às possíveis alterações musculares e adotar o tratamento adequado o mais rápido possível”, detalha o médico-veterinário Kauê Ribeiro, Coordenador de Comunicação Técnica da Vetnil.

Além dos traumas, os equinos podem ter predisposição a desenvolver distúrbios musculares, também chamados de miopatias. Por questões genéticas, alguns animais estão mais propensos a desenvolver esses problemas, como paralisia periódica hipercalêmica – também conhecida como HYPP –, que pode acometer alguns cavalos da raça Quarto de Milha, gerando alterações graves. Alguns animais também podem apresentar quadros de rabdomiólise, síndrome que se caracteriza pela degeneração muscular de etiologia multifatorial.

Entretanto, não são apenas fatores genéticos que ocasionam esses distúrbios musculares, eles podem ocorrer por associação, como falta de preparo para o exercício físico a ser praticado, condições ambientais, dieta, desidratação, infecções, intoxicações e traumas, entre outros fatores. Nesses casos, é comum ocorrer manifestações clínicas, como dor (devido à contração muscular exacerbada), intolerância ao exercício, tremores, fraqueza, rigidez e sudorese intensa. Por vezes, pode-se observar urina com coloração escura (conhecida como “urina cor de coca-cola”), devido à presença de substâncias na urina decorrentes da lise (quebra) de células musculares (liberando uma proteína chamada mioglobina, que dá essa coloração escura à urina).

Devido à abrangência de causas e sinais clínicos, o diagnóstico das miopatias deve ser baseado na investigação do histórico do animal, sinais clínicos e exames laboratoriais e complementares. Segundo Kauê Ribeiro, a prevenção é sempre a melhor solução. “Criadores, treinadores, tratadores e atletas devem ficar atentos às reações dos animais expostos a treinamentos intensos ou submetidos a exercícios de longa duração e verificar se têm dieta balanceada e suplementação adequada ao seu porte físico. Além disso, o tratamento correto tem papel fundamental nas miopatias. Em casos de quaisquer suspeitas, um médico-veterinário deve ser consultado rapidamente para seguir com o diagnóstico e tratamento do animal”.

A terapia multimodal é fundamental para controlar a dor e reverter os sinais clínicos. Além da terapia de suporte, como hidratação, repouso, correção da dieta e suplementação, é importante escolher um medicamento que atue no relaxamento muscular do animal e, consequentemente, auxilie a controlar a dor ao reduzir os espasmos musculares. 

Metocarbamol, por exemplo, é uma excelente escolha para o tratamento de diversas miopatias em equinos. Promove relaxamento, reduz espasmos musculares, dor, rigidez e hipertonicidade, devido à ação no sistema nervoso central, não exercendo efeito direto sobre o mecanismo contrátil da musculatura, preservando o tônus muscular, ou seja: não compromete a capacidade de o animal se manter em pé ou caminhar. Pode ser indicado no tratamento de miopatias genéticas, rabdomiólise, lombalgias, espasmos musculares e tétano.

Porém, a terapia desses distúrbios musculares deve ser multimodal, já que o animal normalmente não apresenta apenas contrações musculares intensas, mas também dor, desidratação, alterações hidroeletrolíticas e possíveis deficiências vitamínicas e minerais. Dessa forma, associar metocarbamol a uma fluidoterapia adequada, com reposição de eletrólitos via parenteral e oral, utilização de analgésicos e suplementação de vitamina E e selênio (que normalmente estão em déficit nesses casos, além de serem fatores preventivos), conferem um tratamento mais adequado ao equino afetado.

“A garantia do bem-estar dos animais é fundamental para que estejam aptos a participar das competições, treinos e demais atividades. Por isso, o cavalo precisa ter acompanhamento de um médico-veterinário e contar com produtos de qualidade disponíveis no mercado, oferecidos por empresas que têm como propósito a saúde dos equinos, além de colaborar com seus resultados esportivos.”, finaliza Kauê. 

Fonte: Isadora Fabris – Texto Comunicação Corporativa

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