Com a segunda safra de milho se aproximando, o mercado brasileiro projeta preços que continuarão sendo influenciados pelo cenário interno. Segundo o consultor Anderson Galvão, CEO da Céleres Consult e idealizador do Grupo Estratégico para Aumento da Produtividade, o mercado interno está pagando um prêmio de 10 a 15% acima da paridade de exportação, sustentado principalmente pelo etanol de cereais no Cerrado e pela retomada da rentabilidade da proteína animal. Ele alerta que as oscilações entre safra e entresafra são típicas e devem gerar pequenas altas no final deste ano e início de 2026, seguidas de queda na safra de junho/julho, retomando novamente ao longo do ciclo.
Diante do cenário de mercado, o engenheiro agrônomo André Alfonsi destaca a importância do manejo da soja anterior, especialmente em relação à fixação biológica de nitrogênio, elemento essencial para o desenvolvimento da segunda safra de milho. “É preciso estimular a nodulação mais ativa da soja e utilizar todas as ferramentas disponíveis, como tratamento de sementes, inoculação, co-inoculação e manejos foliares que aceleram a nodulação durante todo o ciclo da cultura”, orienta. Conforme o profissional, gerente Sênior de Portfólio da ICL, um dos principais players do mercado de nutrição vegetal, quanto maior a fixação de nitrogênio no sistema, menor a dependência do N-mineral e do estoque de N do solo, e maior a segurança para o milho na segunda safra.
“Aumentar a eficiência do uso do nitrogênio aplicado é fundamental para que o produtor atinja a máxima rentabilidade. É preciso olhar o sistema como um todo: não apenas a demanda de uma cultura e sim como garantir nitrogênio “barato” vindo da soja e do manejo biológico do solo. Para os produtores, a mensagem é clara: a combinação de manejo eficiente, uso correto das tecnologias e acompanhamento técnico a começar na safra de soja é determinante para enfrentar as oscilações do mercado e alcançar melhores resultados na segunda safra.
“Produtores que seguirem essas orientações, combinando manejo eficiente e uso correto das tecnologias disponíveis, terão maior segurança para aumentar produtividade e rentabilidade da segunda safra” afirma Alfonsi.
Fonte: Cláudia Rodrigues Santos Nunes
