O último trimestre é marcado pelo melhor período de preço da arroba no ano. A crescimento no consumo de carnes em função do volume maior de dinheiro disponível a população décimo terceiro, férias, contratações temporárias, costuma impulsionar a arroba que também conta com um período de menor oferta.
O cenário de redução de animais de cocho e a oferta de boiadas de pasto ainda não compondo as programações de abate, se repetem neste ano. O problema tem sido o grave recuo da demanda pela proteína em consequência dos entraves econômicos que atravessa o país.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na média dos últimos anos os picos de preços para o boi gordo ocorreram em novembro. A variação média positiva é de 3,1% entre outubro e novembro.
“Quando comparamos os preços de outubro com dezembro, na média há alta de 2,5%”, indicando que no último mês do ano o mercado tende a devolver parte da alta “com boa parcela dos estoques já feitos para o final de ano e uma redução no apetite dos frigoríficos”, acrescenta a analise da Consultoria.
Em outubro e no decorrer de novembro de 2016, contudo, a trajetória de preço da arroba mostra cenário um pouco diferente. Em São Paulo, os negócios com o boi gordo veem dificuldade em superar o intervalo entre R$ 148 a R$ 151/@ e, os analistas relatam que o principal impasse continua sendo a demanda.
A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias, realizada em outubro pela CNC (Confederação Nacional do Comércio), mostrou um aumento de 2,4% na comparação mensal, embora o patamar seja historicamente baixo. Assim, a chegada da primeira parcela dos décimos terceiros em novembro, com um nível maior de otimismo, deve ter efeito positivo sobre o consumo. “A situação não está boa, mas a confiança está melhorando”, ressalta Scot.
No médio prazo, a expectativa da Consultoria é de um cenário mais positivo para a economia brasileira, porém, ainda com números consolidados ruins e uma grande massa de desempregados.
Diante de todas essas projeções, “o mercado do boi gordo deverá ganhar fôlego nas próximas semanas, mas valorizações expressivas não são esperadas”, diz a Scot Consultoria.
