O mercado da soja na Bolsa de Chicago trabalha com cautela nesta segunda-feira (01) após o boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) causar confusão no mercado internacional de grão na semana passada. Por volta das 8h40 (Brasília) os principais vencimentos trabalhavam com pouca variação e sem direção definida. O vencimento Julho/19 era negociado a US$ 9,01 /bushel com leve alta de 1,25 pts enquanto o agosto/19 mantinha os mesmos números de fechamento da última sexta-feira (28) a US$ 9,04. Para Setembro/19 negócios a US$ 9,10/bushel com recuo de 0,5 pts e novembro/19 leve alta de 0,25 pts cotado a US$ 9,23/bushel.
Os dois reportes divulgados na útlima sexta pelo departamento norte-americano foram combustíveis para as cotações da soja na CBOT, porém, os números que mais chamaram a atenção foram os de área. O mercado apostava em um pequeno corte nos dados em relação aos projetados em março, mas a baixa foi bem mais intensa.
A área de soja foi estimada em 32,38 milhões de hectares (80 milhões de acres), a menor desde 2013 e 10% menor do que a do ano passado. A expectativa do mercado era de 34,14 milhões, e em março, no relatório Prospective Plantings, a estimativa foi de 34,25 milhões. O levantamento mostra uma redução de área em todos os 29 estados pesquisados.
Mas o próprio USDA já admitiu uma revisão dos números do relatório e um novo boletim de área deverá ser divulgado no dia 12 de agosto com uma recoleta de dados que será feita em 14 estados. Estão na lista a Dakota do Sul, Dakota do Norte, Nebraska, Kansas, Minnesota, Illinois, Iowa, Missouri, Michigan, Arkansas, Wisconsin, Ohio, Indiana e Nova York.
Os preços da soja foram favorecidos ainda pelos estoques trimestrais norte-americanos que vieram abaixo das expectativas do mercado. Os estoques de soja foram reportados em 48,72 milhões de tonelas, enquanto a média esperada pelo mercado era de 50,62 milhões. O intervalo era de 46,27 a 53,4 milhões. Na mesma data, em 2018, os estoques eram de 33,18 milhões e marcavam o recorde dos registros. O total deste ano é 47% maior do que o do mesmo período de 2018.
De novidade tem a divulgação de uma nova trégua e a retomada das negociçãoes para o acordo comercial entre os governos americano e chinês. Mas nada que animasse o mercado, afinal, acordos, desacordos e tréguas são normais entre as duas potencias.
Fonte: Notícias Agrícolas