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Jatai

Mas até tu, Guedes

Imposto do pecado. Se formos considerar elevar e criar impostos para o pecado, cada bullying de autoridade oficialmente reconhecida, deveria ser tachado com multas elevadíssimas, pois bullying é um gravíssimo pecado. E estimular o conflito bullynesco, entre autoridades oficialmente reconhecidas, um gravíssimo pecado.

Agora vem uma estratégia de criar marca para propor aumento do imposto sobre bebidas, sobre o fumo e sobre o açúcar. O imposto do pecado. Taxar sorvetes, o chocolate. Açúcar virou demônio ministro? O Brasil é um gigantesco açucareiro, maior exportador mundial de açúcar. Viva a deliciosa rapadura, a garapa e todos os preciosos derivados do açúcar, incluindo a energia elétrica originada nas usinas. Além do que é constatado pela Unica, elevação da renda per capita em cidades onde uma usina está presente.

Então açúcar vira demônio? O problema não está no açúcar. Nunca esteve no açúcar. O drama todo está na educação do consumidor para o consumo consciente. Por exemplo no derramar um açucareiro inteiro em uma xícara de café. E mais. As pesquisas revelam que o drama maior do exagero no uso de açúcar e sal, não está na indústria de alimentos e bebidas do Brasil, e sim nas casas, nas nossas residências. Na autodosagem.

Sal, açúcar e até água de forma desproporcional podem virar veneno, dependendo da sua dose. Ou podem virar remédio. Assim como o uso da palavra pode salvar ou matar. Então ministro, até tu Guedes, colocando pecado nos alimentos.

A bebida, o vinho brasileiro para competir com o mundo teria então mais imposto. A cachaça brasileira para disputar os mercados mundiais com os spirits concorrente, vodka, tequilas e outros, mais imposto? E o fumo ministro? Está comprovado pelas entidades de fumicultores no Brasil que quanto mais sobe o imposto no cigarro, mais cresce o contrabando de cigarro.

Quais são os bens que fazem mal para a saúde? Péssimo serviço de saúde, falta de saneamento, pobreza, miséria e principalmente falta de educação, incluindo educação alimentar de um povo. E, acima de tudo, não crescimento econômico. PIB ridículo de um país como o Brasil ser inferior a US$ 2 trilhões.

Imposto do pecado, colocar produtos importantes do agro brasileiro como símbolos de demônios, significa uma construção equivocada de percepção.

Eu prefiro menos imposto e viva os pastéis de Belém da santa terrinha portuguesa, os quindins maravilhosos brasileiros a garapa , e o meu pão líquido , a cerveja, com moderação.

Impostos com moderação. Pecado aqui não.

A Hora do Agronegócio, José Luiz Tejon para Jovem Pan

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