Seis auditores fiscais federais agropecuários, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) fizeram inspeção e acompanhamento in loco do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa, desenvolvido pela Abrapa em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Centro de Análise de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), localizado em Luís Eduardo Magalhães (BA), além de duas unidades de beneficiamento de algodão, entre os dias 14 e 17 de agosto.
Segundo Cid Alexandre Rozo, auditor federal agropecuário do Mapa, durante a inspeção, ficou evidente o trabalho de excelência da Abapa na gestão de processos, pelo laboratório. “A certificação oficial do algodão brasileiro tem por objetivo garantir credibilidade aos resultados laboratoriais da fibra nacional. Ao verificarmos o grau de profissionalismo e comprometimento dos produtores e laboratórios de análise de algodão beneficiado (pluma), estamos confiantes de que a certificação oficial é promissora e está seguindo por um excelente caminho”, disse.
O gerente do laboratório da Abapa, Sérgio Brentano, informa que a inspeção dos auditores fiscais é muito importante para a melhoria constante dos processos. “No Centro de Análise de Fibras, eles focaram a atuação do laboratório no sistema: como está a nossa operação, as possíveis falhas e as dificuldades relacionadas às amostras”, afirmou o gestor. O centro é o maior da América Latina e, nesta safra, trabalha em três turnos, para classificar as cerca de 3,24 milhões de amostras projetadas, no ciclo 2023/2024. Para atingir a meta, em torno de 30 mil análises são realizadas, diariamente.
A equipe do Mapa inspecionou, também, duas unidades de beneficiamento de algodão (UBA) que participam do Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro – certificação voluntária/autocontrole – Mapa. O objetivo foi verificar, no local, o atendimento ao protocolo do programa. “As usinas de beneficiamento do Oeste baiano surpreenderam pelo grau de confiança em seus próprios processos. “Na Abapa, 85% das usinas aderiram ao programa de certificação oficial de algodão, logo no primeiro ano. Isso é muito importante”, explicou Rozo.
A certificação voluntária permite, por meio da emissão do certificado oficial de conformidade, agregação de valor ao produto nacional no mercado externo. Dentro do país, a certificação propicia ao setor produtivo ressaltar características de qualidade da fibra nacional. O Mapa supervisiona os laboratórios de análise de qualidade de fibra que atendem aos cotonicultores. Atualmente, são 12 unidades que prestam esse serviço. Trata-se de uma iniciativa que valoriza o autocontrole executado pelos beneficiadores de algodão e pelos laboratórios de classificação de algodão, que já são monitorados pelo programa SBRHVI.
Fonte: Catarina Guedes