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Mais um país proíbe uso de fipronil

Agora haverá um prazo de 12 meses para discutir alternativas de substituição.

Mais um país anunciou a proibição do registro e do uso definitivo de pesticidas que tenham como princípio ativo o fipronil. Agora foi a vez do Ministério da Agricultura e o Instituto Colombiano de Agricultura (ICA), que acataram a decisão tomada por uma comissão técnica constituída para a adoção de medidas de preservação de insetos polinizadores.

A resolução se baseia em estudo técnico realizado pela Agrosavia (Corporação Colombiana de Pesquisa Agropecuária), que determinou que o fipronil é um inseticida cujo uso indiscriminado tem causado a morte de abelhas e o desaparecimento de colmeias.

A investigação mostrou que Quindío, Huila, Cundinamarca, Meta e Cesar são os cinco estados colombianos em que mais mortes de abelhas foram registradas no ano passado. Após isso, o Tribunal do estado colombiano de Cundinamarca ordenou a formação da comissão técnica.

“As abelhas desempenham um papel valioso, porque precisamos de uma agricultura dinâmica. Nessa transição devemos fazer uma agricultura sustentável com ações e boas práticas”, disse a ministra da Agricultura colombiana, Cecilia López Montaño. Segundo ela, este é o “compromisso para que o setor apícola ocupe o lugar que merece em toda a cadeia produtiva e torne o país uma potência mundial na produção mundial de alimentos”.

A governante reiterou o acordo que assinou com o Instituto Julius Kühn, da Alemanha, para o avanço da investigação científica e da cooperação para promover a protecção dos polinizadores dada a sua importância na produção agrícola. Por sua vez, María del Pilar Ruiz Molina, gerente geral (e) do ICA, disse que “a emissão desta resolução tem um impacto muito importante para o desenvolvimento de um campo mais produtivo, equitativo e ambientalmente correto”.

Ela destacou que agora haverá um prazo de 12 meses para discutir alternativas de substituição e esgotamento dos estoques existentes de produtos que contenham esse princípio ativo e sejam comercializados no país. Durante a mesa técnica, foi explicado que existem diversas alternativas ao inseticida fipronil para que possam ser analisadas por um ano e assim oferecer opções aos produtores.

Luis Domingo Gómez, autor da ação, comemorou a decisão e destacou que a resolução está “apoiada em evidências científicas irrefutáveis que beneficiam principalmente os polinizadores e, consequentemente, a saúde das pessoas e das gerações futuras”.

Por: AGROLINK – Leonardo Gottems

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