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Justiça reforça proteção a produtores rurais e reconhece essencialidade da produção agrícola

O Poder Judiciário de Goiás deferiu a prorrogação do “stay period” por mais 180 dias em processo de recuperação judicial de produtores rurais da região de Piranhas (GO), além de reconhecer a essencialidade dos grãos e veículos agrícolas utilizados na produção, como caminhonetes e maquinários indispensáveis à atividade.

A decisão, assinada pelo juiz Renato Prado da Silva, reforça o entendimento de que, no agronegócio, a manutenção das atividades operacionais é fundamental para viabilizar o soerguimento econômico e garantir a função social da empresa rural. O magistrado destacou ainda que os recuperandos vêm colaborando com o regular andamento do processo e que não há indícios de conduta protelatória, o que justificou a prorrogação do prazo de blindagem judicial até 30 de outubro de 2025.

Para o advogado especialista em agronegócio, Leandro Amaral, a decisão reconhece um ponto sensível da realidade do campo: “O produtor rural não pode ser tratado como um devedor comum. Sua produção é o próprio meio de subsistência e a base da cadeia alimentar do país. Quando o Judiciário assegura a continuidade da atividade agrícola, está, na verdade, protegendo empregos, famílias e o abastecimento nacional”, afirma.

Já o advogado Heráclito Higor Noé, responsável técnico pelo processo, explica que o reconhecimento da essencialidade dos grãos e dos veículos impede que eles sejam objeto de constrição judicial durante o período de proteção: “Esses bens não são luxo, são ferramentas de trabalho. A colheita, o transporte e a entrega da produção dependem diretamente deles. Essa blindagem temporária é o que permite que a empresa rural se reorganize e cumpra seu plano de recuperação”, destaca.

O caso reafirma a aplicação prática dos princípios da Lei nº 11.101/2005, que busca preservar a empresa e a atividade econômica, especialmente em contextos rurais, onde o impacto social e econômico de uma interrupção pode ser devastador.

“No agronegócio, preservar a atividade produtiva é proteger a base da economia brasileira. Cada decisão que garante essa continuidade representa um passo em favor da segurança jurídica e da estabilidade no campo”, conclui Leandro Amaral.

Sobre o Amaral e Melo Advogados

Fundado em 2005 pelos sócios Leandro Amaral, Leonardo Amaral e Thiago Amaral, o escritório Amaral e Melo Advogados Associados é referência na advocacia para o agronegócio. Com sedes em Jataí (GO) e Rio Verde (GO), o escritório se destaca pela atuação em Endividamento Rural e pelo compromisso de proteger o que o produtor rural cultiva de mais valioso: sua família, sua terra e seu futuro.

Fonte: Marcela Freitas 

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