Prevenir riscos e enfrentar desafios operacionais são os principais objetivos dos avanços tecnológicos. As soluções de Internet das Coisas (IoT) contribuem para isso ao viabilizar monitoramento crítico, fornecer dados confiáveis e apoiar a tomada de decisões antecipadas que ajudam a mitigar problemas potenciais – sejam eles relacionados à infraestrutura, às condições ambientais ou ao desempenho de equipamentos.
As barragens de rejeitos são estruturas construídas para armazenar subprodutos ou resíduos gerados por processos industriais, como a mineração, sendo usadas para reter os materiais residuais após a extração de minerais valiosos. Segundo as Diretrizes para a Gestão Responsável de Rejeitos de Mineração da EarthWorks, esses locais devem contar com sistemas de monitoramento apropriados e abrangentes para identificar e reduzir riscos.
A Agência Nacional de Mineração (ANM) exige que relatórios anuais verifiquem se a construção e operação das barragens de rejeitos estão em conformidade com os projetos aprovados. As informações sobre respostas a emergências nas minas devem estar publicamente disponíveis — tudo para garantir a preparação em casos críticos, mas principalmente para prevenir que tais situações ocorram.
Com foco na prevenção, a Myriota, líder global em conectividade via satélite para IoT e dispositivos de baixo consumo de energia, reforça a importância de investir em soluções modernas para monitorar e obter informações antecipadas sobre barragens de rejeitos de forma mais segura e proativa.
Sensores oferecem integridade de dados e insights estratégicos
A necessidade de medir, qualificar e quantificar dados em grandes áreas é comum em diversos setores, mas torna-se ainda mais crítica ao monitorar materiais perigosos e a integridade estrutural das barragens de rejeitos. Para apoiar a redução de riscos, é possível instalar sensores que enviam alertas em casos de mudanças de padrão, movimentações do solo e outros dados essenciais que permitem a tomada de decisões proativas.
“A tecnologia IoT via satélite oferece suporte valioso no monitoramento de uma diversidade de infraestruturas e recursos,” disse Oscar Delgado, diretor de vendas da Myriota para América Latina. “Ao fornecer dados confiáveis, essas soluções IoT ajudam a detectar problemas potenciais com antecedência, permitindo decisões mais informadas. Isso é particularmente importante em indústrias como a mineração, onde os riscos operacionais e ambientais precisam ser cuidadosamente gerenciados.”
A tecnologia IoT vai além do monitoramento de barragens, oferecendo soluções valiosas para diversas operações no setor de mineração. Pode ser usada para monitorar equipamentos pesados, garantindo que os ativos estejam operando de forma eficiente e identificando falhas mecânicas antes que ocorram. A tecnologia também é eficaz na medição dos níveis de tanques de água e gás, assegurando o gerenciamento adequado de recursos e evitando riscos operacionais ou desperdícios. A medição da qualidade da água nos corpos hídricos ao redor é outra aplicação crítica, ajudando a detectar possíveis vazamentos ou contaminações oriundas dos locais de mineração.
Conectividade remota garante atualizações precisas e frequentes
Com a instalação de equipamentos conectados diretamente aos satélites, os dados são transmitidos para equipes remotas e podem ser acessados e atualizados com facilidade de qualquer lugar do mundo. “A infraestrutura remota tem sido monitorada manualmente por muitos anos, o que resultou em relatórios de condições imprecisos. Em um contexto de risco potencial crítico, relatórios incorretos podem contribuir para falhas ou descargas ilegais e danos ambientais,” afirmou Delgado.
Monitoramento ajuda a garantir conformidade regulatória
No Brasil, há 29.571 barragens registradas, incluindo mais de 900 estruturas ligadas à mineração. No entanto, nem todas atendem aos critérios para inclusão na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), conforme dados do portal do Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB).
A política, estabelecida pela Lei nº 12.334 de 2010, exige que as empresas elaborem um Plano de Segurança da Barragem proporcional à complexidade das estruturas, com o objetivo de garantir condições adequadas de segurança. Além disso, devem ser realizadas inspeções regulares e especiais de segurança, bem como a elaboração de um Plano de Ação de Emergência e uma Revisão Periódica de Segurança.
Em nível global, há o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), que promovem iniciativas e diretrizes para a segurança de barragens de rejeitos.
“A conectividade IoT via satélite pode apoiar o acesso a dados consistentes sobre ativos remotos, preenchendo a lacuna de conectividade e facilitando a conformidade das empresas com todas as regulamentações nacionais e internacionais. Ela também permite o monitoramento de diversos elementos operacionais em todo o local de mineração, aumentando a segurança e a eficiência geral. Neste contexto, a tecnologia satelital é mais do que uma ferramenta — ela atua como uma verdadeira aliada,” conclui o diretor de vendas da Myriota para América Latina.
Fonte: Isabella Grisaro Franco Neves