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IoT no Agro: sensores eletroquímicos descartáveis transformam o monitoramento agrícola com dados em tempo real e atribuem maior sustentabilidade aos processos do campo

Segundo o relatório de mercado da consultoria MarketsandMarkets, a utilização de aplicações de Internet of Things (IoT)* no setor agrícola apresenta uma taxa de crescimento médio anual de 14,9%, desde 2020. Entre as principais aplicações de IoT no segmento estão os sensores eletroquímicos, dispositivos utilizados para monitoramento — a distância e em tempo real — de fatores como o nível de nutrientes do solo, a presença de metais pesados e a qualidade da irrigação. Esses sensores podem contribuir para uma redução de até 30% de gastos dos produtores rurais, ao evitar desperdícios de insumos e promover um aumento da precisão no manejo.

Os pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro), em artigo publicado pela Elsevier, chamam atenção, no entanto, para um obstáculo ao desenvolvimento dos sensores eletroquímicos: a utilização de materiais, em sua composição, que sejam capazes de suportar temperaturas e umidade extremas. 

Para superar esse obstáculo, Jéssica Rocha Camargo, Luiz Otávio Orzari, Jéssica de Souza Rodrigues, Lucas Felipe de Lima, Thiago Regis Longo César Paixão, Leonardo Fernandes Fraceto e Bruno Campos Janegitz defendem uma ampliação do uso de sistemas eletroquímicos descartáveis e biodegradáveis, que também contribuem para minimizar o impacto ambiental, promover práticas agrícolas ecologicamente corretas e facilitar o acesso de pequenos produtores à tecnologia.

“O desenvolvimento de sensores eletroquímicos menores e portáteis facilita seu uso em vários campos agrícolas, permitindo o monitoramento e a coleta de dados em tempo real. Esses sensores descartáveis fornecem uma solução econômica para monitoramento contínuo, reduzindo o custo geral da gestão agrícola e garantindo acessibilidade para pequenos produtores, além de promover assim uma transformação no mercado de monitoramento agrícola”, ressaltam os cientistas no artigo publicado.

De acordo com os pesquisadores, nos últimos anos, os avanços na tecnologia de sensores revolucionaram a agricultura de precisão ao permitir o monitoramento in situ e em tempo real de vários parâmetros fisiológicos relevantes das plantas. Nesse cenário, para aumentar a produção vegetal e obter resultados precisos sobre a saúde das plantas, um sensor ideal deve ser robusto, adaptável e capaz de ser acoplado a várias partes do organismo vegetal, incluindo folhas, raízes e caules. Para isso, os autores ressaltam que é preciso que a ciência siga avançado em prol da obtenção de práticas mais sustentáveis e ecologicamente apropriadas, tendo em vista o aumento da população global e o consumo de recursos naturais, que fazem com que a necessidade de otimizar a eficiência agrícola dispare, enquanto o impacto ambiental deve ser mantido no menor nível possível. 

Fonte: Milena Almeida

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