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Interação entre academia e setor produtivo traz benefícios para o agro brasileiro

Levar conhecimento produzido na universidade para a comunidade e criar um efeito multiplicador de informações. Assim o professor Luis Reynaldo Alleoni destaca a importância da extensão universitária, carro-chefe do programa SolloAgro do qual ele é coordenador.

Criado em 1998, o programa de educação continuada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) promove cursos, treinamentos e eventos como o SolloAgro Summit, que acontece até quarta-feira, dia 22 de junho, em Piracicaba, interior de São Paulo. O objetivo é difundir conhecimento de qualidade sobre o agronegócio e formar profissionais que fazem a diferença no cenário agro brasileiro e mundial.

“A iniciativa sempre teve como ideia levar conhecimento em forma de extensão universitária, que não é aquela forma acadêmica de estudo científico e aprofundado e, sim, de interação com a sociedade”, revelou Alleoni. “A equipe envolvida nos projetos tenta ver o solo não só como produtor de alimentos, mas também a função ambiental do solo”, completou.

Segundo ele, em regiões de fronteira agrícola há um envolvimento grande em tecnologia de ponta, mas ainda existem lacunas na teoria aplicada que é exatamente o conhecimento científico produzido pela academia. “Muitas vezes não temos noção da importância dessa interação da academia com o setor produtivo. O conhecimento científico aplicado na prática diária faz muita diferença no trabalho do produtor”, ressaltou.

Por outro lado, essa vivência prática também traz retornos bastante positivos ao pesquisador. “Essa interação é fundamental porque você sabe exatamente onde estão as dores, os gargalos e os problemas encontrados no setor rural. Transferir essa informação para o aluno de graduação é muito enriquecedor”, completou.

Analise microbiológica para melhorar a eficiência do solo

E é justamente aplicar o conhecimento teórico de ponta na lavoura o objetivo de trabalhos como a análise microbiológica do solo, ferramenta que ganha cada vez mais espaço na produção agrícola. Para o professor Fernando Dini Andreote, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), cabe à análise microbiológica promover o conforto necessário para o máximo desenvolvimento da planta cultivada, minimizando perdas e maximizando ganhos ao produtor.

“A capacidade de medir um processo, quantificar algo, entender como aquilo é mensurado nos permite obter respostas. Se eu não medir, não consigo usar a ciência em prol daquilo e esse é o sentido da análise microbiológica do solo”, observou. “Existe a possibilidade de melhorar a eficiência do solo em pelo menos 70% das áreas cultivadas”, completou Andreote, em palestra ministrada durante o SolloAgro Summit.

Segundo o professor, a microbiologia do solo foi totalmente empírica até alguns anos atrás. “É mais fácil medir processos acima do solo do que estão abaixo do solo. Saber medir os microrganismos e fazer o manejo correto contribuem para transformar o solo no melhor ambiente possível para fazer agricultura”, afirmou.

O SolloAgro Summit reúne agentes do agronegócio – profissionais, empresas, universidades e institutos de pesquisa – em discussões sobre temas relevantes como agricultura 4.0, manejo de solo, balanço de carbono e sustentabilidade, entre outros. O evento é uma realização do SolloAgro e da Esalq/USP, com apoio da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq).

Fonte: Mecânica Comunicação Estratégica

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