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Inteligência artificial auxilia rastreabilidade na pecuária e aumenta a lucratividade do produtor

A obrigatoriedade da rastreabilidade na pecuária até 2032, estabelecida pelo Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), deve ser vista como uma oportunidade de ganhos reais para o produtor rural e não um custo adicional. Essa foi a principal mensagem do cofundador e CEO da BovExo, Paulo Dancieri e da zootecnista e sócia-fundadora da Piastrella Rastreabilidade, Consolata Piastrella durante a palestra “Rastreabilidade: a obrigação legal ou caminho para o lucro máximo?”, realizada no dia 4 de julho, no Encontro Mega PEC, como parte da programação do Congresso Conecta Agro, em Campinas (SP). 

Dancieri destacou em sua explanação que já existe uma ferramenta de gestão capaz de atender à nova exigência do Mapa e, ao mesmo tempo, apoiar o pecuarista na busca por melhores resultados zootécnicos e sanitários. Com o uso de inteligência artificial, um sistema da BovExo analisa dados do rebanho em tempo real, identifica oportunidades de melhoria e auxilia na tomada de decisões estratégicas. “A inteligência artificial aplicada à rastreabilidade vai muito além da nossa interação cotidiana com ferramentas como o ChatGPT. Estamos falando de tecnologia que entrega informações práticas, dentro das janelas de oportunidade, impactando diretamente na rentabilidade, no ganho de peso e no controle sanitário”, explicou. 

Na visão de Dancieri, esse tipo de abordagem só é possível quando o produtor passa a enxergar cada animal como uma unidade zootécnica. “A rastreabilidade permite exatamente isso: entender o desempenho individual de cada bovino e transformar essa informação em ações concretas de melhoria. É o caminho para decisões mais inteligentes e uma gestão realmente lucrativa na propriedade”, salientou. 

Consolata acrescentou que muitos produtores já estão se antecipando à exigência legal prevista no PNIB, mesmo com a obrigatoriedade prevista apenas para 2032. “Eles estão entendendo que rastrear o rebanho não é apenas uma exigência da lei, mas uma forma de melhorar a gestão e ampliar os lucros. Cada animal tem um comportamento e um desempenho. E é isso que a rastreabilidade individual permite enxergar”, afirmou. 

Na avaliação dos especialistas, o avanço da rastreabilidade, com o apoio da tecnologia, representa um marco na evolução da pecuária brasileira. “Mais do que cumprir uma exigência legal, é um passo decisivo para implementar a pecuária de precisão, com menos desperdícios, maior produtividade e controle total da operação. Rastreabilidade é o caminho para o lucro. E com o PNIB, o produtor precisa entender o processo desde já, e para isso, é fundamental começar”, concluiu Dancieri. 

Fonte: Rafael Stuchi

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