O cultivo da melancia passa por uma transformação no Brasil, semelhante ao que já ocorreu na Espanha. No país europeu, a modernização das práticas agrícolas e o foco na qualidade do produto elevaram os padrões da produção. Impulsionado pela exigência do mercado consumidor por mais qualidade, o setor brasileiro tem buscado formas de produzir com mais eficiência, em um trabalho que envolve diferentes elos da cadeia produtiva.
Nesse cenário, a BASF Soluções para Agricultura, por meio da marca de sementes e hortaliças Nunhems®, tem desempenhado um papel estratégico ao promover um modelo de produção integrado que conecta campo, distribuição e varejo.
A iniciativa da marca integra agricultores, distribuidores e redes de supermercado, garantindo que a fruta chegue mais rápido às gôndolas. Um processo que pode levar mais de uma semana, por exemplo, é feito em até 24 horas, do campo ao varejo, assegurando uma fruta com mais qualidade para o consumidor final.
Uma das protagonistas deste novo momento é a Pingo Doce, variedade no portfólio da companhia que cresce, em média, 15% em volume de frutas produzidas ao ano. Com atributos de sabor, praticidade, rastreabilidade e produção, e ainda baseada em rigorosos critérios de sustentabilidade, a fruta tem se destacado como um símbolo da transformação na fruticultura. Do agricultor ao consumidor final, toda a cadeia tem se beneficiado deste modelo de negócio.
Sucesso na Espanha e no Brasil
No mercado brasileiro há sete anos, a Pingo Doce é inspirada em um caso de sucesso do mercado europeu. Na Espanha, o aumento da produção e do consumo de melancia está relacionado ao desenvolvimento de uma variedade com características semelhantes àquela que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil. “O modelo de negócio foi adaptado ao Brasil em uma estratégia que reforça a integração entre os elos da cadeia, ultrapassando as porteiras da fazenda e envolvendo logística, distribuição, atacado e varejo”, afirma Golmar Beppler Neto, gerente de vendas Brasil da Nunhems®.
Como resultado, o negócio alcançou uma agilidade logística que potencializa ainda mais os atributos da Pingo Doce: uma fruta menor e mais prática (em média 6kg), com alto teor de brix, sem sementes e casca verde mais escura. Outro diferencial é que a fruta pode ser rastreável, garantindo transparência e confiança ao consumidor. Todos esses fatores contribuem para um produto de qualidade superior, valorizado em toda a cadeia.
“Nosso propósito é conectar o campo ao consumidor por meio de parcerias estratégicas ao longo da cadeia. Todos têm a ganhar quando agregamos valor ao produto. A Pingo Doce traduz exatamente isso: uma fruta que entrega valor desde o produtor até varejo, com o padrão de excelência que o cliente final busca”, destaca Golmar.
Produção vertical
Toda essa transformação também se reflete diretamente no campo. Com suporte técnico, orientação em manejo e estratégias de mercado, a Nunhems tem auxiliado os produtores a ampliarem seus resultados de forma cada vez mais sustentável. “Mais do que aumentar a produtividade, os agricultores estão verticalizando o cultivo de melancia para entregar um produto de qualidade única”, ressalta Golmar.
Um exemplo de toda essa jornada é o agricultor Pedro Orita. Com parte da sua área de produção de melancia em Teixeira de Freitas (BA) destinada à Pingo Doce, Orita cultiva a fruta em 600 hectares e já alcança uma produtividade acima da média nacional, com 60 toneladas de fruta por hectare e picos de produção de até 80 t/ha.
Segundo o agricultor, quando ele começou com a Pingo Doce, percebeu que não era apenas uma nova variedade de melancia, mas um novo jeito de produzir baseado em práticas agrícolas mais sustentáveis. “A parceria com a BASF nos ajudou a entender o campo como uma cadeia que se complementa da semente até o consumidor. Hoje conseguimos entregar uma fruta de alta qualidade, com rastreabilidade e constância durante boa parte do ano, o que fortalece nossa relação com o varejo”, declara o agricultor.
Dentro desse modelo integrado, o cultivo de toda a plantação de melancia é pautado por um manejo cuidadoso, com irrigação por gotejamento, que reduz o consumo de água e boas práticas para garantir a presença de polinizadores.
A Pingo Doce produzida por Orita, assim como é feito em outras áreas produtivas pelo país, tem um código QR que pode ser escaneado para conferir toda a rastreabilidade do produto. Com o processo de verticalização, o produtor passou a investir tanto na produção de mudas quanto em instalações para o beneficiamento – o chamado packing house -, permitindo que a fruta colhida na propriedade siga diretamente para os centros de distribuição.
“A valorização desta melancia possibilita fazer investimentos que vão trazer mais qualidade para o produto. Agora, cada elo desta cadeia é um parceiro de negócio e todos trabalhamos com um objetivo comum”, destaca o produtor.
No Brasil, já são produzidas anualmente 35 mil toneladas de Pingo Doce. As principais áreas de produção estão nos estados de Bahia, Pernambuco, Goiás, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Uma vitrine de inovação e conexão
Para se aproximar ainda mais dos elos da cadeia produtiva e compartilhar conhecimentos sobre o mercado de melancia, a BASF Soluções para Agricultura e a Nunhems, realizaram a 2ª edição do Tech Show Melancia. O evento reuniu mais de 200 participantes entre os dias 11 e 12 de novembro, em Teixeira de Freitas (BA). Na ocasião, varejistas como OBA Hortufruti, Atacadão e Grupo Pereira, além de consultores renomados como Luiz Alvarez, Aliomar Feitosa e Luiz Haas, contribuíram para fortalecer o modelo integrado e ampliar o acesso a práticas mais modernas e sustentáveis.
Além da Pingo Doce, a companhia também apresentou a melancia Brabba, variedade convencional que integra o portfólio da marca e reforça o compromisso com a oferta de soluções que atendem diferentes perfis de produção e consumo. “Mais do que um evento técnico, o Tech Show reflete o compromisso com o fortalecimento das parcerias para o avanço de um setor cada vez mais competitivo e sustentável”, afirma Daniela Ferreroni, diretora de Negócios Centro da BASF Soluções para Agricultura.
Fonte: Erika Coradin <erika.coradin



