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Inovação no controle da coccidiose e anemia ferropriva na suinocultura: a eficácia da associação gleptoferron + toltrazuril

Na suinocultura, a fase de maternidade é reconhecida por ser uma das mais importantes e dispendiosas. Esse período impacta diretamente na saúde, bem-estar e desenvolvimento dos leitões, bem como na produtividade e na rentabilidade da operação.

Um dos principais desafios enfrentados é o manejo dos leitões logo após o nascimento. A manipulação dos animais, necessária para adoção de medidas de prevenção contra uma série de desafios sanitários inerentes, eleva os níveis de cortisol dos leitões.

Vários estudos apontam que o estresse impacta diretamente a produtividade da leitegada, influenciando no desempenho durante a fase de maternidade e, até mesmo estimulando estereotipias. A presença do estresse também prejudica a resposta imune dos leitões, deixando-os susceptíveis a ação de agentes oportunistas.

A anemia ferropriva e a coccidiose, por exemplo, são problemas comuns desta fase. Essas patologias geram perdas econômicas significativas, pois comprometem as fases subsequentes, impactando a conversão alimentar e aumentando a taxa de refugos na granja, por exemplo.

A introdução no Brasil, em 2021, de uma solução inovadora, com a associação injetável única de gleptoferron + toltrazuril – tem se mostrado cada vez mais efetiva para o controle efetivo da coccidiose e da anemia ferropriva, trazendo resultados positivos para o produtor, tanto na otimização de mão de obra quanto no desempenho dos leitões.

A coccidiose, doença com alta prevalência nas granjas brasileiras, é causada pelo protozoário Cystoisospora suis, responsável por promover diarreia pastosa ou aquosa, de odor fétido e coloração amarelada. Por provocar lesões na mucosa intestinal dos leitões, ela é considerada a principal responsável pelas perdas produtivas, interferindo negativamente no ganho de peso diário dos animais e na sua nutrição adequada. Por esta razão, é importante que o combate e a prevenção da doença sejam feitos ainda nas primeiras horas de vida do leitão.

Em relação a Anemia Ferropriva, um conjunto de fatores que incluem a baixa reserva de ferro que os suínos apresentam ao nascer, o reduzido teor de ferro presente no colostro das porcas lactantes, além do crescimento acelerado do leitão, faz com que quase 100% dos leitões possam apresentar a deficiência de ferro caso não seja feita a suplementação. Devido a estas características inerentes dos suínos é necessário que seja realizada a suplementação injetável de ferro, quando esta não é realizada de maneira correta o leitão pode apresentar anemia clínica ou subclínica, o que leva a um pior desempenho durante sua vida produtiva, com ganho de peso reduzido e pouco desenvolvimento muscular, além de quadros de fraqueza, apatia e uma maior susceptibilidade às infecções ao longo da vida produtiva.

Problemas como a Coccidiose e a Anemia Ferropriva são mundialmente reconhecidos como importantes desafios na suinocultura e endêmicos em muitas regiões produtoras de proteína suína. Para lidar com estes desafios, a suplementação de ferro injetável e a administração de um coccidicida via oral para a leitegada nas primeiras horas de vida é rotina das granjas, o que aumenta o grau de manipulação dos leitões e promove um elevado índice de estresse para os animais.

A associação de gleptoferron + toltrazuril em uma única solução, substitui o manejo de aplicação de dois produtos, reduzindo o tempo de manipulação do leitão e por consequência reduzindo o estresse, prevenindo de forma simultânea a Coccidiose e da Anemia Ferropriva. 

Além de assegurar o bem-estar dos animais com a redução do estresse promovido pelo manejo, a dose única, fixa e injetável é mais segura para o leitão e reduz consideravelmente a subdosagem ou falha na aplicação, já que as medicações orais podem não ser ingeridas de maneira integral pelos animais

Desperdícios ou perdas com falhas da administração via oral destes fármacos prejudicam bastante o desempenho produtivo dos suínos. Pode parecer uma mudança simples, mas a aplicação da dose única de gleptoferron + toltrazuril nas primeiras 48 horas de vida dos leitões promove uma significativa redução dos índices clínicos e subclínicos dessas duas afecções na leitegada. Além disso, ao desmame estes animais que recebem a dosagem correta, passam a apresentar um peso maior, resultando numa maior produtividade na granja.

Pesquisas divulgadas recentemente demonstram a segurança da aplicação injetável da associação de gleptoferron e toltrazuril para promover um maior controle dos quadros de anemia e dos distúrbios decorrentes da coccidiose.

O estudo avaliou o efeito da associação de gleptoferron e toltrazuril em dose única no peso ao desmame de leitões nas granjas comerciais brasileiras. Foram selecionadas seis granjas positivas para Cystoisospora suis e um total de 217 leitegadas, que foram divididas aleatoriamente em um grupo que seria tratado com o produto e um grupo que receberia o tratamento convencional.

Os resultados indicaram que os animais tratados com associação de gleptoferron e toltrazuril chegaram mais pesados ao desmame quando comparados ao grupo do tratamento convencional. Estes dados reforçam a eficácia da solução no melhor controle dos distúrbios relacionados à coccidiose e anemia na fase de maternidade.

Junto do seu papel importante na contribuição do aumento do status sanitário do plantel e melhora no controle epidemiológico da coccidiose nas granjas de suínos, a associação injetável única de gleptoferron + toltrazuril já demonstrou que seu uso reduz em ao menos meia hora o tempo demandado para o manejo de um lote com 1.000 leitões, otimizando os processos no setor de maternidade das granjas.

Fonte: Gisele Assis

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