A bolsa de N.Y. finalizou a segunda-feira praticamente inalterada, a posição julho oscilou entre a mínima de -1,15 pontos e máxima de +0,80 fechando com +0,05 pts.
O dólar comercial fechou o dia quase estável, com leve alta de 0,03%, a R$ 3,9010. O mercado aguarda a definição dos juros nos Estados Unidos, no mesmo dia. A expectativa é que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) mantenha os juros por lá, mas sinalize um eventual corte das taxas. Juros mais altos tendem a atrair para os EUA recursos atualmente investidos em outros países, como o Brasil.
O consumo global de café deve avançar para um novo recorde, embora a produção deva cair 3,1%, para 169,1 milhões de sacas de 60 kg, com o Brasil entrando em um ano de baixa de seu ciclo bienal de produção, afirmou nesta sexta-feira o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). Enquanto o consumo mundial deverá crescer 2,5%, para uma máxima recorde de 167,9 milhões de sacas, as importações globais tendem a avançar apenas 0,1%, à medida que a demanda é coberta por uma redução nos estoques, disse o USDA em seu relatório bienal. O USDA estima os estoques finais mundiais em 33,5 milhões de sacas, ante 36,4 milhões de sacas em 2018/19, com uma redução particularmente brusca no Brasil, Indonésia e União Europeia. Esses estoques compensariam o declínio esperado para a produção mundial, liderado pela retração no Brasil, onde a produção é vista em 59,3 milhões de sacas, contra uma máxima recorde de 64,8 milhões de sacas em 2018/19. A produção de café arábica no Brasil deve cair para 41 milhões de sacas, ante 48 milhões de sacas, devido à bienalidade negativa. A estimativa para a produção colombiana foi mantida estável, em 14,3 milhões de sacas, enquanto a produção de América Central e México também é vista inalterada, em 19,1 milhões de sacas. Já o Vietnã, maior produtor mundial do café robusta, deve ter um avanço de 100 mil sacas em sua produção, para um recorde de 30,5 milhões de sacas. Fonte: Reuters via Notícias Agrícolas.
Os representantes da produção cafeeira de Brasil e Colômbia selaram, hoje, 14 de junho, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília (DF), uma aliança para buscar soluções à persistente crise de preços do café. Após 10 meses do último encontro entre as lideranças, em agosto de 2018, os preços continuam abaixo dos custos de produção, agravando o empobrecimento das regiões cafeeiras ao redor do mundo e tornando incerta a oferta futura de café aos consumidores. A resposta do restante da cadeia de valor nesse intervalo de tempo, apesar das múltiplas tentativas de diálogo por parte dos países produtores e do Fórum Mundial de Produtores de Café (FMPC), tem sido muito insatisfatória. Na reunião de hoje, as lideranças de Colômbia e Brasil consolidaram a aliança para o desenvolvimento de ações em diversas frentes, tais como a aproximação dos produtores com os consumidores finais e a agregação de valor na origem, de maneira que a riqueza gerada ao longo de toda a cadeia seja melhor distribuída, garantindo a sustentabilidade econômica dos produtores e a consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Fonte: Mellão