A bolsa de N.Y. finalizou a sexta-feira em alta, a posição dezembro oscilou entre a mínima de -0,30 pontos e máxima +3,45 fechando com +2,50 acumulando na semana +0,15 pts.
A moeda norte-americana subiu 0,86%, cotada a R$ 5,5567. No exterior, restrições para conter um aumento nos casos de coronavírus na Europa e preocupações sobre o ritmo da recuperação econômica global continuavam a pressionar os mercados. Investidores permaneciam céticos em relação a mais estímulos fiscais necessários para sustentar a economia norte-americana depois da recessão decorrente da pandemia. Após semanas de impasse nas negociações sobre um quinto projeto de lei de auxílio do coronavírus, um importante parlamentar disse na quinta-feira que os democratas na Câmara dos Estados Unidos estavam trabalhando em um pacote de US$ 2,2 trilhões que poderia ser votado na próxima semana, destaca a Reuters. Por aqui, as atenções seguem voltadas para as preocupações contínuas com o ambiente fiscal brasileiro e para as discussões em torno da reforma tributária e da derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores.
As exportações de café verde devem ultrapassar 3,5 milhões de sacas neste mês, o maior volume já registrado para setembro e o mais alto desde dezembro de 2018, disse Carlos Alberto Fernandes Santana, diretor da Empresa Interagrícola, unidade da trading Ecom Agroindustrial. Os embarques estão a caminho de bater recorde nos três meses até novembro depois da queda em agosto, disse Santana em entrevista. “Apesar dos gargalos logísticos nos portos, o fluxo de exportação aumentou muito, sinalizando volumes recordes neste mês e nos próximos dois meses”, disse Santana. O real mostra o pior desempenho entre as principais moedas nos últimos três meses, proporcionando a cafeicultores e tradings uma taxa de câmbio competitiva para vendas no exterior em dólares. Dados mais recentes da Safras & Mercado mostram que 60% da safra estimada havia sido vendida até o início de setembro. O Brasil é o maior produtor e exportador de café. Os futuros do café arábica estão próximos de registrar a maior queda mensal desde janeiro em meio às preocupações de que os crescentes casos de Covid-19 causem novos fechamentos de cafeterias e restaurantes na Europa e afetem o consumo quando condições climáticas favoráveis em países produtores indicam boas safras. Por enquanto, não houve “ajustes significativos” em contratos já firmados, apesar da cautela com a perspectiva de novos lockdowns, disse Santana. No Brasil, a falta de contêineres vazios vem desacelerando os embarques, e os grãos da supersafra deste ano estão parados nos armazéns. “Em nosso terminal portuário de Santos, temos contêineres cheios de grãos cujo embarque foi atrasado por falta de espaço nos navios”, disse Luiz Alberto Azevedo Levy Jr., diretor da Dínamo, um dos maiores armazéns privados de café.
Fonte: Mellão Martini