A bolsa de N.Y. finalizou a segunda-feira em alta, a posição setembro oscilou entre a máxima de +4,60 pontos e mínima de -3,55 fechando com +3,35 pts.
O dólar fechou em alta de 0,23% cotado a R$ 5,2473. No exterior, os mercados eram pressionados por uma queda nos preços das commodities. Os contratos futuros do minério de ferro caíram mais de 4% na China, pressionados por perspectivas de aumento de oferta e enfraquecimento da demanda chinesa. Na agenda econômica, a FGV divulgou que o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 1,45% em julho, depois de subir 0,11% no mês anterior, com os preços de commodities afetadas por geadas e secas aquecendo a inflação ao produtor. Em 12 meses, chegou a 33,35%. Pesquisa Focus do Banco Central mostrou que o mercado financeiro elevou a estimativa de inflação em 2021 pela décima oitava semana seguida, para 6,88%. Os analistas também aumentaram de 7% para 7,25% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. A expectativa expansão do PIB no ano permaneceu estável em 5,3%. Já para 2022, diminuiu de 2,10% para 2,05%. Por fim a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 foi mantida em R$ 5,10 por dólar. Para o fim de 2022, é de R$ 5,20 por dólar. Na cena política, o presidente Jair Bolsonaro entregou nesta segunda-feira à Câmara dos Deputados a medida provisória que cria o novo programa social do seu governo, o Auxílio Brasil. A medida provisória ainda não estabelece o novo valor do benefício social. Isso será definido nos próximos meses, à medida que o governo abra espaço no Orçamento. Além dos temores dos mercados sobre o aumento dos gastos federais, visto por muitos investidores como uma guinada populista do presidente em meio à queda em sua popularidade, a tentativa do governo de alterar o pagamento de precatórios também continuava no radar. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do governo para parcelamento dos precatórios com vencimento em 2022 vai prever a constituição de um fundo alimentado com recursos que terão destinação carimbada e ficarão fora do teto de gastos, segundo um integrante do governo com conhecimento direto do assunto. “Isto mexeu com os preços dos ativos na medida em que gera dúvidas quanto à capacidade do governo de honrar seus compromissos financeiros”, escreveram em nota analistas da Genial Investimentos.
Fonte: Mellão Martini