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Indústria química impulsiona fertilizantes sustentáveis

O carbonato de potássio, utilizado na fabricação de fertilizantes especiais, é fundamental para garantir colheitas saudáveis e produtivas. Trata-se de um composto que melhora a fotossíntese, a síntese de proteínas e a tolerância das plantas a condições adversas, como doenças e estresse hídrico. Citado na revista Agrocampo, o manual de fertilidade do solo, da Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, afirma que o potássio contido nos fertilizantes aumenta significativamente a produtividade agrícola e a qualidade dos alimentos produzidos. Em 2024, segundo dados da Abisolo, o mercado brasileiro de fertilizantes especiais alcançou R$ 26,9 bilhões, com destaque para o uso de produtos sólidos e líquidos voltados a fertirrigação e aplicação foliar.

De acordo com a consultoria Mordor Intelligence, o tamanho do mercado global de fertilizantes deve alcançar US$ 543,20 bilhões até 2030, partindo de US$ 384,37 bilhões em 2024. Esse crescimento acelerado pressiona a cadeia produtiva a investir em alternativas sustentáveis. Marcio Remédio, diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), afirma que o país poderá reduzir sua dependência de potássio importado de 97% para 48% até 2050, com expansão da produção em Sergipe, além de projetos estruturantes na Bacia do Amazonas.

Segundo Remédio, em entrevista à revista Brasil Mineral, “a melhor governança do potássio brasileiro não apenas vai suprir a necessidade interna, como também transformar o país em protagonista, já que abre portas para fornecer o fertilizante a outros países da América do Sul”. Em sintonia com essa estratégia, segundo o Radar Digital Brasília, o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), revisado em novembro do ano passado, aponta diretrizes que buscam fortalecer a produção interna com foco em inovação, infraestrutura e competitividade. O plano prevê a criação do Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas (CEFENP), anunciada recentemente pelo governo federal.

Em um cenário onde práticas agrícolas mais eficientes são imperativas diante do crescimento populacional e das mudanças climáticas, a Katrium Indústrias Químicas, parte do Grupo Quimpac, intensificou investimentos em carbonato de potássio com alta pureza. O insumo, cada vez mais utilizado em culturas de grãos, cereais e vegetais, contribui para safras mais estáveis e sustentáveis. Com planta industrial no Rio de Janeiro, a fabricante aposta em tecnologia e inovação para se diferenciar no fornecimento de produtos químicos especialmente destinados à fabricação de fertilizantes e defensivos agrícolas.

Segundo Anderson Lopes, diretor-presidente da Katrium, os fertilizantes foliares e sais de potássio de ácidos húmicos desempenham um papel fundamental na redução do impacto ambiental e no suporte a safras abundantes e de alta qualidade. “Inovação e sustentabilidade têm de estar alinhadas com rigorosos padrões ambientais, sociais e de governança (ESG). A tecnologia avançada empregada no uso de carbonato de potássio – endereçado à produção de fertilizantes especializados – permite aos agricultores não só aumentar a produtividade, mas também proteger o meio ambiente”.

A Abisolo também desempenha papel fundamental ao promover certificações técnicas e eventos como o Conexão Abisolo, fortalecendo o elo entre empresas, academia e poder público. O setor, com apoio institucional e políticas públicas consistentes, caminha para consolidar o Brasil como potência na produção de fertilizantes sustentáveis na América do Sul.

Fonte: heloisa helena paiva

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