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Importância da escolha do híbrido para o resultado da silagem

*Por Egon Henrique Horst

númeras culturas forrageiras têm potencial para conservação na forma de silagem, mas alguns atributos como alta produtividade de matéria seca tornaram o milho a principal escolha de produtores de silagem.

Os custos com alimentação em sistemas pecuários intensivos, sejam propriedades leiteiras ou de corte, podem chegar a 70% do total investido, e por isso ter uma silagem de baixo custo é fundamental para se manter competitivo na cadeia produtiva. É importante ressaltar que silagem de baixo custo não se faz economizando em insumos, na maioria das vezes ocorre justamente ao contrário, é sendo assertivo nos investimentos em manejo e processos que o produtor terá maiores retornos produtivos de sua lavoura e, consequentemente, uma silagem mais barata por quilo de matéria seca ou Mcal de energia produzida. 

Um dos fatores que mais afetam o retorno sobre o investimento da silagem de milho é o híbrido cultivado. Atualmente, há no mercado inúmeros híbridos de milho a disposição, com diferentes características e potencial de retorno. Há alguns anos os híbridos mais indicados para produção de silagem eram aqueles que geravam maior rendimento produtivo por área, com objetivo de estocar o máximo de alimento, independente da sua qualidade. Outros anos se passaram e os híbridos com aptidão para grãos ganharam espaço, haja vista que essa é a fração mais energética da silagem, porém pouca atenção se dava à fração vegetativa da planta como constituinte da silagem. Hoje, sabemos que tanto os grãos quanto a fração vegetativa precisam conceder o máximo valor nutricional, proporcionando maior desempenho animal. Portanto, optar por híbridos que proporcionem maiores rendimentos energéticos por área, como tonelagem de amido e FDN digestível (fibra em detergente neutro) por hectare, é a melhor escolha.

Estimativas de “tonelada de leite por tonelada de matéria seca” e “tonelada de leite por hectare” obtidas por meio do modelo Milk2006 ou Milk2024 criado por pesquisadores da Universidade de Wisconsin (EUA) é outra forma corriqueira que alguns técnicos e produtores têm utilizado para avaliar híbridos. Embora sejam informações importantes para comparar as sementes, não dispensa a avaliação dos valores absolutos de rendimento de matéria seca, amido e FDN digestível, sendo essas as variáveis que mais contribuem na construção daquelas estimativas. Pensamos que escolher um híbrido com base em valores de estimativas compostas como as propostas pelo Milk2006 ou Milk2024, onde as características de entrada podem ser ponderadas de forma diferente do desejado por um produtor individualmente, possa deixá-lo aquém de suas expectativas.

Além disso, é importante destacar outros fatores inerentes ao híbrido no momento de sua aquisição, como por exemplo: 

  1. Ciclo de maturidade do híbrido; 
  2. Biotecnologias disponíveis, como: resistência aos principais herbicidas (glifosato e glufosinato de amônio p, ex.) e controle contra os principais lepidópteros da cultura do milho (broca do colmo; lagarta da espiga; lagarta armigera; lagarta preta das folhas; lagarta do cartucho; lagarta rosca); 
  3. Estabilidade agronômica (emergência sob condições de estresse e tolerância à seca p, ex.); 
  4. Resistência genética às principais doenças foliares e de espiga;
  5. Tolerância ao complexo de molicutes e viroses (CMV).

*Egon Henrique Horst, especialista de Silagem BR e PY, LongPing High-Tech.

Fonte: Beatriz Faria

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