“Além de faltarem detalhes de volumes e de quais produtos a China vai comprar com o objetivo de cumprir o acordo, foi anunciado, no começo de janeiro, que o país asiático não tinha a intenção de elevar sua cota anual de importações, que contam com tarifas reduzidas de 1%, com o objetivo de cumprir o acordo com os EUA”, lembra a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi. Atualmente essa cota está em 7,2 milhões de toneladas para o milho e as importações tem ficado abaixo desse nível.
Mesmo importando pouco, nos últimos anos, a China tem originado a maior parte de suas importações de milho na Ucrânia, lembrando que a competitividade no mercado exportador do cereal cresceu muito, com destaque também para Brasil e Argentina. Já o Brasil exporta volumes muito pequenos de milho para a China.
A situação do trigo é parecida. “Não existe grande dependência do mercado externo para abastecimento do produto, com as importações anuais de trigo ficando ao redor de 3 milhões de toneladas nos últimos anos”, avalia Ana Luiza.
Como já citado para o milho, a China também não pretende elevar a cota de importação de trigo, com tarifa diferenciada, de apenas 1%. Atualmente, a cota anual para importação do cereal é de 9,64 milhões de toneladas. Assim, observa-se que os volumes importados de trigo têm ficado bem abaixo desse limite nos últimos anos. O governo chinês argumentou que a manutenção das cotas nos mesmos patamares tem o objetivo de proteger os agricultores do país.
Os EUA foram a origem de 3% do cereal comprado pela China no mercado externo no ano passado. Já o Brasil não exporta trigo para a China, tendo sido registrado, nos últimos 10 anos, apenas um volume de 18 mil toneladas em 2011.
Fonte: Agrolink c/Inf. Assessoria
Crédito: Reuters