O impacto das mudanças climáticas sobre as atividades dos mais diversos setores tem levado a um aumento da demanda das empresas e instituições por serviços de previsões meteorológicas, com o objetivo de promover adaptações em suas operações. A constatação é da Climatempo, a maior e mais reconhecida empresa de soluções meteorológicas e previsão do tempo do Brasil e da América Latina, cujos serviços nesta área registraram um crescimento de 90% nos últimos dois anos por relatórios e análises climáticas de longo prazo.
“Cresceu a percepção de que os eventos extremos estão se ampliando, e isso preocupa cada vez mais a sociedade e as empresas, ao mesmo tempo que elas abraçam mais a agenda ESG”, relata Nil Nunes, COO da Climatempo.
Atividades como mineração, energia, agricultura e logística, estão entre as mais vulneráveis ao impacto climático. “Cada vez mais os eventos extremos colocam em risco as atividades a céu aberto”, constata Nunes.
Ele explica que todos esses setores podem ser impactados por eventos climáticos extremos. Na mineração, por exemplo, a queda de raios representa um grande risco, por conta do uso de explosivos. Na agricultura, secas e chuvas fortes podem ameaçar as colheitas, enquanto no setor elétrico, o que registra a maior demanda na Climatempo, o clima tem impacto direto no nível dos reservatórios das hidrelétricas, na geração eólica e solar, e pode afetar o fornecimento de energia aos consumidores.
Foco na agenda ESG
O foco crescente na agenda ESG também impulsiona a demanda pelas análises climáticas, tanto por parte de empresas que buscam alinhar suas práticas na área ambiental às variações do clima quanto das instituições financeiras, incluindo bancos e seguradoras.
Segundo o COO da Climatempo, “o acionamento de geradores movidos a diesel, em caso de falta de energia, é um ponto que começa a ser monitorado também para que esses equipamentos tenham um melhor gerenciamento, evitando mais emissões de carbono.”
Uma das instituições que estão utilizando os serviços da Climatempo com essa finalidade é o Hospital Albert Einstein, que iniciou o trabalho com a Climatempo há um ano, com o objetivo de garantir um uso mais racional e previsível dos geradores movidos a diesel, visando reduzir suas emissões.
Nil Nunes conta que o Brasil vem investindo bastante em tecnologia para desenvolver mais soluções para lidar com eventos extremos. “A Climatempo tem inclusive parcerias com instituições públicas para compartilhar informações”, completa o COO da Climatempo.
Fonte: Mário César B. de Mauro