Hipocalcemia subclínica pode custar mais de R$ 600,00 por vaca e afeta produção de leite
A baixa concentração de cálcio no sangue, chamada de hipocalcemia, é um problema que desperta atenção dos produtores de leite em todo o país, que ordenham quase 20 milhões de vacas por ano. A forma clínica dessa deficiência nutricional pode custar até R$ 1.500 por vaca. Já o tipo subclínico, marcado pela alta incidência e com falta de sinais visíveis, atinge cerca de 50% das vacas no pós-parto,
“Logo após o parto, há alta e rápida demanda por cálcio para a produção de colostro e, principalmente, de leite. Contudo, o período de transição da fase seca para a de produção de leite é curto, não sendo suficiente para ativar o mecanismo de reabsorção óssea do cálcio do osso, levando a baixos níveis do mineral no sangue logo após o parto. Quando isso ocorre, o animal pode desenvolver um período transitório de hipocalcemia”, explica Vanessa Carvalho, gerente técnica de bovinos da Phibro Saúde Animal.
De acordo com Vanessa, que é zootecnista e doutora em nutrição de ruminantes, a hipocalcemia acarreta vários danos à produção e também à reprodução, além de ser uma porta de entrada para outros problemas, como metrite (inflamação uterina) e retenção de placenta, por exemplo. Entretanto, ela aponta que não existe tratamento 100% eficaz para o problema. Assim, o produtor de leite deve investir na prevenção para evitar perdas.
“Existem algumas estratégias para reduzir a hipocalcemia e seus impactos negativos, como o uso de dietas acidogênicas, também conhecida como dieta aniônica, no período de pré-parto. Esta é a medida mais utilizada e eficiente, por alterar positivamente o metabolismo do cálcio das vacas leiteiras e, assim, atender às demandas elevadas desse mineral no início da lactação. Oferecida por pelo menos 21 dias antes do parto, a dieta aniônica aumenta a disponibilidade de cálcio no sangue para ser utilizado pelo animal na produção de colostro e leite”, destaca a especialista da Phibro.
As dietas aniônicas causam uma leve acidose metabólica que, por sua vez, estimula a secreção de um hormônio chamado paratireoide (PTH), que aumenta a reabsorção de cálcio dos ossos e, consequentemente, melhora sua disponibilidade para a vaca logo após o parto. Muitas vezes, porém, a adoção da dieta aniônica com níveis adequados de ânions sofre resistência devido à reconhecida baixa palatabilidade dos sais aniônicos, o que pode causar baixo consumo ou grande variação da ingestão de matéria seca (MS). Dessa maneira, faz se necessário avaliar as fontes aniônicas da dieta e optar por soluções que possam ser mais palatáveis, evitando quedas de consumo de MS.
Uma maneira eficaz de avaliar se a dieta aniônica está sendo eficiente, é avaliar o pH de urina. Ao causar uma leve acidose metabólica, o sistema tamponante do organismo libera os hidrogênios na urina, causando uma acidificação. Sendo assim, se a dieta aniônica realmente estiver sendo eficiente, teremos também a acidificação da urina, levando o pH médio de urina de 8 para próximo de 6.
“Para ajudar os produtores de leite a vencer a hipocalcemia, a Phibro oferece no mercado brasileiro o Animate, suplemento mineral aniônico com processo de fabricação exclusivo, que permite maior palatabilidade, com balanceamento adequado de ânions e pH de urina adequado, sem interferir no consumo de matéria seca no pré-parto”, informa o zootecnista Cleocy Junior, gerente de pecuária leiteira da Phibro Saúde Animal.
Animate contém cloro, enxofre e magnésio, minerais que ajudam a otimizar o metabolismo do cálcio, reduzindo o risco da hipocalcemia e seus impactos negativos nas vacas leiteiras. “Ao contrário dos sais aniônicos convencionais, o produto não reduz o consumo de MS e ainda possibilita níveis adequados de pH de urina, com menor variação, cujo nível ideal fica entre 5,5 e 6, sendo o segredo da prevenção eficaz da hipocalcemia”, finaliza Cleocy.
Fonte: Rafael Iglesias