“Quem sabe quão baixo poderíamos ir”, diz T&F
O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na segunda-feira (02.07) perdas de 10,00 pontos no contrato de Agosto/18, fechando em US$ 8,5925 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com desvalorizações entre 10,00 e 10,50 pontos.
O mercado norte-americano da soja abriu a semana com perdas nos principais contratos futuros, com pressão da guerra comercial. De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, a principal justificativa para os baixistas é a tensão comercial entre a China e os EUA: “Se os dois lados avançarem com suas respectivas promessas tarifárias no dia 6 (próxima sexta), quem sabe quão baixo poderíamos ir”.
A Consultoria AgResource afirma que a atual tendência de queda agressiva foi criada com o início dos embates políticos-comerciais de Trump com seus principais parceiros econômicos: “No caso da China, onde as retaliações tarifárias são direcionadas para os produtos agrícolas estadunidenses, a soja tem sido o ‘saco de pancadas’”.
“Fundos especulativos reverteram a maior posição comprada líquida no lado das compras – desde o início de 2014 – para um total líquido vendido de 44mil contratos da soja em grão, em apenas 14 semanas. Tal movimento resultou numa inversão de posições líquidas em 252mil contratos. A ARC alerta que qualquer novidade sobre o embate comercial deverá continuar dirigindo os preços deste Mercado. O prazo final para a implementação tarifária da China sobre os EUA, e vice-versa, é nesta sexta-feira, dia 6. Qualquer possibilidade de reabertura de negociações irá disparar um agressivo e duradouro movimento de alta aqui em Chicago”, concluem os analistas da ARC.
Fonte: Agrolink/Por Leonardo Gottems
Crédito Imagem: Domínio Público/Pixabay
