O Brasil enfrenta um momento crítico com a confirmação do primeiro caso de gripe aviária (H5N1) em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, episódio que acendeu um alerta sanitário nacional. Desde então, diversos países já suspenderam as importações de carne de frango brasileira, entre eles China, União Europeia, Japão, Chile e México, provocando impactos diretos na cadeia produtiva e na imagem do setor avícola no mercado internacional. Para conter o avanço do vírus, autoridades locais instalaram 4 barreiras sanitárias em Montenegro, que funcionam 24 horas por dia e já abordaram mais de 3,5 mil veículos, com foco em desinfecção e controle. Além disso, há 11 casos suspeitos em análise, e o Brasil soma 168 registros de gripe aviária desde maio de 2023, sendo 4 deles em áreas produtivas. Diante desse cenário de alerta, cresce também a preocupação com os trabalhadores de granjas e frigoríficos, que atuam na linha de frente e estão entre os mais vulneráveis à exposição ao vírus, sobretudo em ambientes com grande densidade de aves, ventilação inadequada e eventuais falhas no cumprimento das normas de biossegurança.
De acordo com Dr.Leonardo Von Doellinger, infectogista do Grupo Med+, empresa referência em gestão médica ocupacional, a presença do vírus H5N1 em granjas comerciais cria o ambiente ideal para eventos de adaptação viral, expondo os trabalhadores desse setor a riscos consideráveis em caso de surto, principalmente quando não há protocolos rígidos de prevenção. “O risco não é apenas teórico. O vírus Influenza A, como o H5N1, pode sofrer um processo chamado reassortment genético, que acontece quando uma pessoa ou um animal é infectado ao mesmo tempo por dois tipos diferentes do vírus: um vindo das aves e outro já adaptado aos humanos. Nessa situação, os vírus podem trocar partes do seu material genético, dando origem a uma nova cepa. Isso aumenta a letalidade do vírus e a sua capacidade de transmissão”, explica o Dr. Leonardo.
A transmissão do H5N1 para humanos, embora rara, pode ocorrer por meio do contato direto com aves contaminadas, secreções, fezes ou superfícies infectadas. A inalação de partículas virais, especialmente em locais com pouca circulação de ar, é uma das formas mais perigosas de contágio. O alerta é reforçado diante da proximidade dos profissionais com os animais e da rotina intensa dentro dos estabelecimentos. O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras, luvas, aventais e protetores faciais, é indispensável, mas não pode ser a única barreira de contenção. Para evitar contágio, o infectologista do Grupo Med+ recomenda medidas complementares, como o estabelecimento de zonas de acesso controlado, implementação de barreiras sanitárias, desinfecção frequente das instalações, revezamento de turnos para evitar aglomerações e a realização de triagens regulares de saúde. Esses cuidados devem estar incorporados à cultura da empresa para garantir a eficácia da prevenção e proteger a integridade física dos colaboradores. Outro ponto crítico é a possibilidade de contaminação indireta. Mesmo os colaboradores que não lidam diretamente com as aves podem funcionar como vetores do vírus ao transitar por áreas contaminadas sem as devidas precauções. Roupas, calçados, equipamentos e até as mãos podem carregar o H5N1 e disseminá-lo em outros ambientes.
Por isso, é fundamental adotar um controle sanitário rigoroso, que inclua áreas exclusivas para troca de vestimentas, uso obrigatório de desinfetantes e estrutura adequada para higienização ao fim de cada turno. Nesse cenário, a colaboração entre granjas, frigoríficos, empresas de gestão médica e órgãos públicos é essencial para uma resposta coordenada e eficaz. A integração com as vigilâncias sanitária e epidemiológica permite o monitoramento ágil de casos suspeitos, facilita a implementação de barreiras sanitárias e reforça a disseminação de informações corretas entre os trabalhadores. Além disso, ações educativas contínuas, como treinamentos sobre sinais de alerta da doença e práticas corretas de higienização, são indispensáveis para evitar falhas humanas e reduzir os riscos operacionais. Quanto mais articulada for essa rede de prevenção, maiores são as chances de conter o avanço do vírus e proteger não só a saúde dos colaboradores, mas também a estabilidade do setor. Diante de qualquer sintoma gripal entre os funcionários, as empresas devem agir rapidamente: afastar o colaborador, garantir avaliação médica imediata, com testagem, se necessário.
A notificação é outra etapa essencial: casos em humanos devem ser comunicados às Secretarias de Saúde e ao Ministério da Saúde, enquanto os surtos em aves devem ser reportados ao Ministério da Agricultura e Pecuária. Embora o Brasil ainda não tenha registrado casos de infecção humana por H5N1, a presença do vírus em aves comerciais reforça a urgência da vigilância contínua. A gripe aviária representa um risco potencial à saúde pública, especialmente se ocorrerem mutações que facilitem sua transmissão entre pessoas. Proteger os trabalhadores é um passo essencial para conter a doença, manter a confiança dos mercados internacionais e garantir a continuidade das operações no setor avícola brasileiro, que é estratégico para a economia do país.
É a maior empresa de emergências aeroportuárias da América Latina, com R$ 1,8 bilhão em contratos e presente em 28 aeroportos do Brasil. Possui mais de 5 mil colaboradores em todo o país e atende mais de 56 milhões de pessoas, entre brasileiros e estrangeiros, que trabalham ou transitam nos seguintes segmentos: aeroportos, estradas e grandes empresas.
Em 2024 a companhia apresentou um crescimento de 150% em relação ao ano anterior, se consolidando com a empresa benchmark do segmento. Atualmente, a companhia está entre as 4 melhores empresas para se trabalhar na área da saúde de acordo com o Great Place to Work (GPTW) no Brasil. Agora, o Grupo Med+ entrou no mercado de educação e atuará junto a 5,3 mil escolas e 3,5 milhões de alunos do Estado de São Paulo, com assistência psicológica.
O Grupo Med+ possui dentro da sua cultura, o capitalismo consciente que, na prática, usa a força das empresas, para servir ao desenvolvimento da humanidade, com o propósito de construir um mundo mais justo e pessoas em local de trabalho mais felizes, porém, sem perder de vista o lucro para os acionistas. Além disso, o Grupo Med+ acredita que as mulheres são grandes gestoras de pessoas. Atualmente, 90% dos cargos de liderança da companhia são ocupados por mulheres
Victor Reis, Chairman do Grupo Med+
Chairman da maior empresa de urgências e emergências de aeroportos e estradas da América Latina, com faturamento superior a R$ 1,8 bilhão, Victor Reis iniciou a companhia do zero, após ser demitido por justa causa por ter cometido um erro de procedimento na empresa que trabalhava, do mesmo setor. Vendo uma oportunidade, fundou a Med+, companhia adepta do capitalismo consciente, que visa o bem estar de todos os colaboradores e não somente o lucro. Além disso, Victor acredita que as mulheres são grandes gestoras e prioriza as mesmas nos cargos de liderança.
Fonte: Gueratto Press