Membros do governo da Nigéria, acompanhados por representantes da Associação Afro Brazilian Chamber, entidade que congrega 35 países africanos, participaram de um encontro no Brasil sobre o uso de drones na agricultura local. O evento ocorreu na sede do Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, na cidade de Jundiaí.
O CEA-IAC está há pouco mais de um ano à frente do programa Drones SP, uma parceria com a Fundação Coopercitrus Credicitrus que visa a fomentar o uso correto de drones nas aplicações de defensivos agrícolas.
A delegação foi recebida pelo pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador do programa Drones SP. Segundo Ramos, participaram da reunião cerca de 10 pessoas do governo nigeriano, entre estas o ministro de Comunicação, Inovação e Economia Digital, o diretor no Centro Nacional para Inteligência Artificial e Robótica e a coordenadora nacional do Escritório Nigeriano de Informação Digital. Segundo destaca Ramos, a Nigéria tem avançado bastante em relação ao emprego de tecnologia agrícola.
Conforme Ramos, os visitantes conheceram ainda resultados recentes dos Programas “Aplique Bem” (treinamentos) e IAC-Quepia (qualidade de EPI) – ambos já executados em países africanos, além dos primeiros resultados do Fórum de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia de Aplicação com Drones. Esta última iniciativa, diz Ramos, tem avançado rapidamente no sentido de aprimorar a tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas por meio de drones nas pequenas, médias e grandes propriedades brasileiras.
“O programa, no todo, abrange conceitos como volume de calda, taxa de cobertura, tamanho de gotas, condições climáticas, deriva de produtos, compatibilidade de insumos e outros”, diz Ramos. “Mostramos aos visitantes que o uso de drones nas pulverizações constitui uma tecnologia emergente no Brasil, revolucionária, porém com muitos pontos ainda a esclarecer no tocante à eficácia e viabilidade econômica nas propriedades”, ele conclui.
Fonte: Fernanda Campos
