Estado se consolidou investindo em assistência técnica e quer expandir mais
A citricultura em meio ao Cerrado vive um bom momento. Conforme dados divulgados pelo Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), referentes ao ano de 2019, a atividade em Goiás alcança quase 13 mil hectares, o que representa uma produção de cerca de 226 mil toneladas e quase R$ 200 milhões, em Valor Bruto da Produção (VBP). O Estado e o sétimo maio produtor nacional.
Os dados sinalizam que a citricultura contribui de forma significativa na economia, uma vez que proporciona alta rentabilidade ao produtor, gera renda e emprego e, ainda, consegue abastecer o mercado interno e externo.Para o analista técnico do Ifag, Alexandro Santos, os dados divulgados mostram que o esforço do produtor rural goiano tem trazido bom resultado para o setor. “Se o Estado consegue atingir essa produção é graças ao trabalho do citricultor, que eleva o Brasil como líder no mercado mundial, tornando a citricultura motivo de orgulho, tanto para a economia brasileira, como goiana”, destaca.
O Brasil responde por 30% de toda a produção mundial de laranja e de 80% das exportações mundiais de suco de laranja, voltadas especialmente para o mercado americano, europeu e canadense. A produção elevada se dá em função do fácil acesso de pequenos, médios e grandes produtores a todas etapas da cadeia produtiva, cenário que se repete em terras goianas.
Para expandir ainda mais o representante da Associação Goiana dos Citricultores (Agocitros), Raimundo Maia acredita que a citricultura em Goiás precisa de mão-de-obra qualificada e uma linha de crédito especial para setor. “Este mercado não é para amadores e o produtor está sozinho fazendo investimento do próprio bolso. Não há linha de crédito que consegue suprir a necessidade de cultivo. A citricultura é um investimento com margem de risco elevado, mesmo sendo um produto de grande consumo”, desabafa.
Fonte: Agrolink Por Eliza Maliszewski
