O Grupo Brasif tem uma relação de longa data com o mercado agropecuário do país, presente em marcos importantes para o setor, como a evolução da fertilização in vitro, impulsionando o protagonismo da biotecnologia brasileira no cenário global. Em 1990, Jonas Barcelos, fundador do grupo, foi um dos pecuaristas que viajou até a Índia em busca de novas linhagens genéticas e que mudariam a evolução do gado no Brasil. Como fruto deste trabalho, em 2025, a Geneal será o primeiro laboratório a produzir embriões que vão voltar para a Índia, com a exportação de 1.000 embriões da raça GIR.
Para Rodolfo Rumpf, diretor técnico da Geneal Genética e coordenador da primeira experiência de clonagem bovina no Brasil, o mercado tem espaço para crescer tanto internamente quanto na exportação, expansão que, segundo o pesquisador, teve franco crescimento após 2020. “Acreditamos que a expansão se deva ao fato que os compradores começaram a ver resultados concretos destes animais desenvolvidos por fertilização in vitro, sendo uma oportunidade para aumentar a oferta daqueles animais que são fruto de mais de 60 anos de seleção, um esforço de longa data em busca de animais realmente excepcionais. O mercado começou a ver que os clones tinham um desempenho tão bom ou até melhor que os animais doadores”, reforça Dr. Rodolfo. Recentemente, a empresa desenvolveu a réplica genética da Viatina-19 FIV Mara Móveis, vaca da raça Nelore avaliada em R$ 21 milhões que, em 2023, entrou para o Guinness Book como a vaca mais cara do mundo. Nos últimos 15 anos, a empresa desenvolveu 700 clones e produz em média 20 mil embriões por fertilização in vitro por ano, com uma perspectiva de crescimento ainda em 2025, de 20%. “Atualmente, somos o laboratório que mais exporta embriões no Brasil, com um fluxo comercial contínuo para diversos países, como Bolívia, Equador, Guatemala, Panamá e Índia”, comenta Paulo Ceratola, diretor comercial da Geneal Genética.
Fonte: Caroline Brandão
