16.8 C
Jatai
InícioNotíciasCategoria GeralGado bom, tem preço!

Gado bom, tem preço!

Companheiros que carregam o pó da viagem,

  • O gado de reposição está firme, comprador, de modo que “nem deu moral” para a pressão que o gado gordo vem sofrendo nas últimas semanas nas praças de GO e no MT. Já no MS, provavelmente reflexo do momento do gado gordo (pressionado há meses com um diferencial de base “fora da base”), houve inconstância de preços desde o início do ano, alternando momentos bons e outros mais frouxos;
  • A oferta está muito melhor para as categorias mais novas, de até doze meses. Pontualmente existe bezerro de desmama, do florão e/ou de criadores que tem bezerro para vender o ano todo (não fazem estação de monta). Sem dúvida, está mais fácil comprar animais mais novos, os quais estão bem demandados mesmo. Os garrotes próximos ao “sobreano” (18 meses), tem muita procura, também;
  • O gado de dois anos ou mais tem oferta muito limitada, o que faz aparecer referências de negócios acima das balizas, principalmente para lotes “reunidos” (maiores) e faz começar a se especular que esta categoria pode se valorizar quando começarem as compras para confinamento em maior intensidade (meados de março). Isto está totalmente “dentro da tela do radar”;
  • Existe gado magro bem pesado para compra na balança, mas também limitado e em geral, cerca de R$ 5/@ mais caro que os compradores querem pagar, fato que trava os negócios em algumas regiões. Em outras, o comprador acaba cedendo e tem comprado (na baliza de R$ 140/@ em GO e no MT);
  • Já são feitas referências pelos agentes de mercado para a exportação de gado vivo, como um fator que gera suporte de preços para animais de cruzamento industrial (isto nem era mencionado antes). Por mais que o volume deste tipo de exportação ainda seja pequeno considerando o rebanho nacional, a compra “para o navio”, gera referência de preço. Esta é uma tendência, caso não prossigam os problemas com embarques (esperamos que não). Isto é muito bom para o mercado, por dar fluidez aos negócios;
  • Outra referência importante, são as áreas de ILP: há uma “maior coragem” por parte dos compradores que possuem fazendas com estes sistemas de produção. Claramente estão mais ativos no mercado e conferem sustentação de preços para categorias de 9 a 15@, pagando valores que os produtores da pecuária mais tradicional “não peitam”;
  • Frases marcantes: “o gado bom e apartado, está bem firme”; “O gado comprado mais no jeito, vai ver, não tem uma apartação de qualidade”; “A matéria-prima chamada boi erado e boi gordo de pasto, não está tendo em volume mesmo”.
  • Recomendações:
    • Para os compradores, a recomendação é fazer conta até arder, evitando comprar referências de preços que depois se configurem como “problema”. Uma saída é andar mais, comprando mais longe, desenvolvendo fornecedores e comprando mais “picado”. Leilões se apresentam como boas opções, especialmente em “algumas noites com menos compradores”;
    • Para a ponta vendedora é hora de ponderar a decisão de venda, porque a verdade é que capim em abundância não é a regra, pois a maioria não o trata como lavoura. A avaliação da capacidade de suporte para postergar a decisão de venda é fundamental;
  • Tendência para o curtíssimo prazo: nada que mude sensivelmente as ponderações de mercado expressas acima, pois tudo indica que encontramos um fundo no mercado de curto prazo dos animais para abate, e uma reversão de tendência no gado gordo pode, inclusive, conferir mais firmeza nas cotações de reposição aonde a temperatura dos negócios tem ficado mais amena (como no MS) e inclusive onde o preço já tem um “calorzinho” mais forte (como em GO e no MT).

As regiões-foco deste informe são: Goiás (nas praças de Goiânia, Vale do Araguaia e Sudoeste), Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Existem diferenças importantes de panorama de mercado em algumas regiões. Considere o informe como um referencial, que deve ser adequado de acordo com cada realidade, localmente. Grato!

Por Rodrigo Albuquerque [email protected]

Imagem: Internet

spot_img

Últimas Publicações

ACOMPANHE NAS REDES SOCIAIS