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Força do agronegócio e da agroindústria no desenvolvimento de Goiás

O agronegócio desempenha um papel central na economia de Goiás, representando 60% do PIB estadual. Em 2023, o setor alcançou o maior nível de empregos dos últimos 11 anos, com mais de 1 milhão de trabalhadores, o que equivale a 26,6% da força de trabalho no estado. Entre 2012 e 2023, o agronegócio incorporou 95.446 novos empregados, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2022, Goiás foi responsável por 9,3% do valor da produção agrícola nacional, consolidando um crescimento expressivo nas últimas décadas. Esse avanço é impulsionado pela modernização do campo, o uso de tecnologias de ponta e o aumento da produtividade. Para destacar a importância do agronegócio goiano, tanto no estado quanto no cenário nacional, a Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial) realizará, entre os dias 15 e 19 de outubro, o 2º Agro-Mill. O evento reunirá 12 formadores de opinião que visitarão agroindústrias goianas e discutirão temas como práticas ESG, biocombustíveis, produção de açúcar, proteína animal, grãos, melhoramento genético e agricultura regenerativa.

Segundo o presidente do Conselho da Adial, Zé Garrote, “o agronegócio e a agroindústria são fundamentais para o desenvolvimento econômico de Goiás e do Brasil. Esses setores são motores que impulsionam a economia e reforçam o papel do Brasil na liderança global da produção de alimentos.”

Ele destaca que “Goiás possui uma vasta riqueza de recursos naturais. Temos solo fértil, abundância de água e um povo trabalhador e qualificado. A localização estratégica do estado, no coração do Brasil, proporciona vantagens competitivas importantes.”

Garrote ainda reforça que “a água é um recurso indispensável para o desenvolvimento. Tudo ao nosso redor – desde as roupas que vestimos até os alimentos que consumimos – tem origem no solo e na agropecuária. O agronegócio, por si só, já tem um papel relevante, mas, quando agregamos valor aos produtos por meio da agroindústria, os resultados são ainda melhores. A industrialização dos produtos agrícolas fortalece a economia, gera empregos e promove o desenvolvimento sustentável.”

Mercado

O agronegócio de Goiás é responsável por cerca de 15% do PIB estadual, e suas exportações correspondem a 96,7% do total exportado pelo estado. Goiás se consolida como um importante exportador no mercado internacional, com destaque para as relações comerciais com China, Estados Unidos e União Europeia. O setor é dividido em três níveis: primário (produtores rurais), secundário (agroindústrias e insumos) e terciário (distribuição, comércio e serviços), sendo que o setor terciário concentra 38,4% dos empregos.

Participação no cenário nacional

A participação de Goiás no valor da produção agrícola nacional saltou de 3,6% em 1974 para 9,3% em 2022, segundo o IBGE. O estado é destaque na produção de soja, milho e cana-de-açúcar. A soja ocupa 53,7% das áreas plantadas, seguida pelo milho (25,3%) e cana-de-açúcar (12,2%). Municípios como Rio Verde e Jataí são líderes nacionais na produção de soja.

Mão de obra

A participação das mulheres no agronegócio goiano também tem crescido. Desde 2012, o número de mulheres no setor aumentou em 56.284. Em 2023, os homens ocupam 66,2% das vagas, totalizando 679.188 trabalhadores, enquanto as mulheres representam cerca de um terço dos empregos, com 326.013 vagas ocupadas.

Inovação e sustentabilidade

O agronegócio em Goiás está cada vez mais vinculado à inovação e à sustentabilidade. Práticas como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o uso de tecnologias avançadas aumentam a produtividade e reduzem o impacto ambiental. A expansão do etanol de segunda geração e a adoção de técnicas agrícolas mais eficientes são exemplos de como o estado busca alinhar a produção com a preservação ambiental.

O setor sucroenergético, particularmente relevante nesse contexto, contribui para a matriz energética limpa de Goiás e do Brasil. “O agronegócio em Goiás vai além da produção de alimentos, integrando inovação, sustentabilidade e desenvolvimento socioeconômico, consolidando sua relevância no cenário nacional e internacional”, finaliza o presidente-executivo da Adial, Edwal Portilho, o Tchequinho.

Fonte: Cejane Pupulin

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