O setor agropecuário vem dando respostas para o País. A opinião é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, que aposta na quebra de novo recorde nacional de produção, em torno de 250 milhões de toneladas. Atento a isso, o especialista do ramo avaliou que o momento pede foco no produtor rural. “Essa é a nossa grande bandeira para 2020 na Faeg, na CNA e no Parlamento”, disse o também deputado federal.
Segundo José Mário, o “brilho” que paira sobre o agro muitas vezes não repercute no produtor rural. Por isso, é preciso buscar equilíbrio. “O agro vai muito bem, obrigado, mas muitas vezes o produtor não está no mesmo compasso. Nosso sistema brasileiro de produção e de política agrícola prevê a produção, mas não prevê uma garantia real ao produtor rural. Queremos que dentro desse brilho, o produtor tenha suas garantias”, explicou. Para ele, o tripé “crédito, seguro e comercialização” deve ser protegido.
Em visita ao jornal A Redação, José Mário chamou a atenção para o trabalho que vai intensificar neste início de mandato na Faeg – em dezembro, foi reeleito presidente da entidade para o próximo triênio. “Vamos fortalecer a pesquisa e a assistência técnica”, pontuou. Serão oferecidos diversos cursos e oficinas voltados ao aperfeiçoamento e empreendedorismo no campo.
Sobre a necessidade de buscar mais orçamento para a área, José Mário concordou ser uma ação difícil, tendo em vista a situação fiscal do governo nas esferas estadual e federal. “Vamos buscar mecanismos dentro do parlamento e no próprio Executivo”, pontuou. “Já conseguimos avanços. No ano passado tínhamos R$ 400 milhões, e esse ano temos R$ 1 bilhão de orçamento aprovado, mas ainda é pouco. Precisamos buscar garantias para o produtor rural”, concluiu.
Já no contexto político, o deputado federal acredita que mudanças nas leis voltadas ao agronegócio podem garantir uma estabilidade maior a quem produz. Como exemplo, citou a Medida Provisória 897/19, conhecida como MP do Agro, que está em fase de discussão final na Câmara dos Deputados. “É preciso um seguro rural mais avantajado, um seguro de renda da atividade.”
Fonte: A Redação
Crédito: Suca



