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Foco de gripe aviária pressiona mercado de frango brasileiro

O agronegócio brasileiro está em estado de alerta após a confirmação do primeiro foco de gripe aviária (H5N1) em uma granja comercial em Montenegro, no Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (16). Até então, o Brasil havia registrado apenas casos isolados em aves silvestres e criações de subsistência. A nova ocorrência, no entanto, representa um risco mais direto à produção industrial e já tem provocado repercussões no mercado internacional.

Até então, os registros da doença se restringiam a aves silvestres e criações de subsistência. A mudança de cenário fez com que o governo declarasse emergência zoossanitária e passasse a investigar novos casos suspeitos: dois em granjas comerciais em Ipumirim (SC) e Aguiarnópolis (TO) e quatro em criações de fundo de quintal. Uma nova investigação também foi aberta em uma propriedade rural próxima à granja afetada em Montenegro.

A repercussão internacional foi imediata. Países como China, União Europeia, Argentina e Coreia do Sul suspenderam temporariamente a importação de carne de frango brasileira, impactando diretamente as exportações do país, maior produtor e exportador mundial da proteína.

Para Romário Alves, CEO e fundador da Sonhagro, rede de franquias especializada em soluções para o agronegócio, o momento exige serenidade e ação estratégica. “É um episódio delicado que exige transparência, vigilância e resposta rápida. O Brasil tem capacidade técnica para enfrentar essa situação sem comprometer a confiança internacional. O que precisamos agora é de união entre o setor produtivo e as autoridades para evitar o pânico e proteger nossa segurança alimentar e econômica”, afirma.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, declarou que, caso não haja novos focos nos próximos 28 dias, o Brasil poderá retomar o status de país livre de gripe aviária, o que seria essencial para normalizar os fluxos comerciais e restaurar a estabilidade no setor.

Enquanto isso, o monitoramento segue intensificado em todo o território nacional. A recomendação às granjas é redobrar os cuidados com biossegurança, limitar o acesso de pessoas às áreas de produção e comunicar qualquer alteração sanitária aos órgãos competentes.

Fonte: Kaísa Romagnoli 

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