A PMA, entidade mundial que representa a indústria de Flores, Frutas, Legumes e Verduras, tem no seu quadro de Associados muitas empresas que atuam no segmento orgânico em diversos países. Por aqui no Brasil, não é diferente, empresas relevantes do universo orgânico de FLV participam ativamente das ações da PMA e das oportunidades de conexão.
Vamos conhecer a visão dos executivos de algumas dessas empresas?
Marcos Tomita, da Go Green Distribuidora, trabalha com dezenas produtores orgânicos no Brasil, a maioria da agricultura familiar, e vê o segmento como uma grande oportunidade. O Selo Orgânico (Sisorg) e a certificação (no caso da Go Green da certificadora internacional EcoCert) asseguram a qualidade do produto. “Antigamente se falava que produto bom vende sozinho, mas hoje é preciso oferecer informação para vender mais e obter a confiança do consumidor”.
O diretor da Fazendo Rio Bonito, Alex, Lee, produtor de frutas e legumes orgânicos e distribuidor para mais de 800 pontos de venda no Brasil, comenta que 2020 foi um ano de crescimento de 15% no segmento, com aumento do número de produtores e oferta no varejo com pequenos produtores trabalhando com entrega de cestas de FLV e mercearias crescendo, apesar que em menor escala. A análise é que 2021 começou bem diferente: “O primeiro semestre registrou uma retração dos supermercadistas como nunca tínhamos sentido antes. A tendência é que em setembro as coisas estejam melhores no país e haverá um retorno das atividades, inclusive com aumento dos serviços de deliveries e feiras orgânicas”.
O cogumelo orgânico foi um dos produtos que mais cresceu com a preocupação da imunidade, por causa da pandemia, segundo Denise Abackerli, da Zucca Cogumelo, com 20 anos de mercado, sendo 15 com certificação orgânica. “Somos pioneiros no segmento de cogumelos orgânicos, reconhecido como alimentos funcionais e propulsores do sistema imunológico. O consumidor passou a selecionar os alimentos pela saudabilidade e o FLV atende a essa busca, felizmente”.
O plano de expansão está no radar de muitas empresas associadas como a Santa Julieta Bio, como conta Rafael Coimbra: “Somos referência no trabalho no sistema CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura) com distribuição de mais de 400 cestas de FLV/mês. Entregamos para restaurantes na cidade de São Paulo e planejamos a expansão de plantio de grão de bico e feijão para a Vapza (também associada da PMA) e batata doce para uma multinacional, e investir em leguminosas. Este ano lançaremos a ervilha orgânica”.
“O trabalho da PMA é aumentar o consumo de FFLV, ressaltando os benefícios à saúde e a segurança do alimento. Temos acompanhado o crescimento do setor de orgânicos globalmente. A democratização do alimento orgânico tem possibilitado sua expansão aqui no Brasil, seja nas feiras, no supermercado, no foodservice, e-commerces ou marketplaces”. Há espaço para crescer e atender o consumidor em diversos canais, explica Valeska de Oliveira, representante da PMA no Brasil
Fonte: Vera Moreira