A tilápia, peixe de água doce mais cultivado no mundo, está no centro de iniciativas sustentáveis que vêm transformando a cadeia produtiva da aquicultura no Brasil. Em sua unidade de Rifaina (SP), a Fider Pescados adota o conceito da economia circular para reduzir resíduos e ampliar a eficiência no processo de criação e processamento. Integrante do Grupo MCassab, a empresa reaproveita integralmente os subprodutos do processamento de tilápia, transformando-os em farinha e óleo.
“A Fider produz cerca de 10.000 toneladas de tilápia por ano. Parte disso é exportado para os Estados Unidos, Canadá, Taiwan, Venezuela, Bangladesh, Sri Lanka e Indonésia. O que no passado era tratado como descarte ou resíduo hoje é transformado em insumo com valor econômico, reintegrado ao processo produtivo. É a economia circular aplicada de forma prática e eficiente”, afirma Juliano Kubitza, diretor da companhia.
Esse modelo de reaproveitamento permite ao Grupo MCassab, incluindo a Fider, reintegrar cerca de 4 mil toneladas de resíduos ao ciclo produtivo todos os anos.
Além disso, todas as embalagens geradas nas unidades de Pescados e de Nutrição & Saúde Animal do grupo (31 tolenadas/ano) são compensadas ambientalmente por meio da parceria com a EuReciclo.
“Nos preocupamos com o impacto que geramos em cada etapa da cadeia – desde o uso da água até a destinação das embalagens. Ao compensar integralmente o volume de resíduos, fechamos esse ciclo com responsabilidade ambiental”, reforça Kubitza.
A empresa tem o certificado de “Excelência Circular”, concedido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O reconhecimento destaca o compromisso da empresa com a economia circular aplicada à produção e processamento de tilápias no interior paulista. Além disso, a Fider foi finalista do 8º Prêmio Fazenda Sustentável, em 2024, ficando entre as 5 melhores na categoria pequena fazenda.
“O Brasil ocupa a quarta posição no ranking global da produção de tilápia. Nesse cenário, cada tonelada reaproveitada representa não apenas economia e eficiência, mas também menos impacto ambiental e mais espaço para inovação dentro do negócio”, ressalta o diretor da Fider.
Fonte: Gabriela Batista