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Fertilizantes orgânicos ajudam no combate à desertificação e protegem a saúde do solo

O Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação chama atenção para a degradação dos solos e seus impactos na produção de alimentos e na preservação ambiental. A data integra a agenda do Junho Verde e reforça a importância da produção agrícola sustentável como caminho para enfrentar esse desafio contínuo.

Dentre as principais práticas que agravam a desertificação do solo estão o uso intensivo de máquinas e implementos agrícolas, a erosão hídrica e eólica, o monocultivo e principalmente a falta de reposição adequada de matéria orgânica, que juntos, diminuem a resiliência do solo. Segundo dados do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens por Satélites (Lapis), a desertificação atinge principalmente o semiárido nordestino, afetando cerca de 13% do território brasileiro.

Embora a desertificação concentre-se no Nordeste, outras regiões do Brasil também vêm registrando sinais preocupantes de degradação severa. O Sudeste enfrentou episódios de supersecas entre 2014 e 2015, consideradas as piores em 100 anos, especialmente no território paulista, que registrou níveis críticos de reservatórios e uma queda de até 44% na média histórica de chuvas, segundo dados da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

Mais recentemente, entre 2020 e 2021, a região voltou a enfrentar uma crise hídrica, com a menor média de chuvas em 91 anos. Esses eventos extremos, intensificados pelas mudanças climáticas, impactaram diretamente a disponibilidade hídrica, o estresse dos solos e a produtividade agrícola, reforçando a urgência de práticas regenerativas e adaptativas em todas as regiões do País.

Para a Tera Nutrição Vegetal, uma das soluções está no manejo consciente e na nutrição equilibrada do solo. Essas ações são fundamentais para evitar a degradação, preservar o equilíbrio do ecossistema e contribuir efetivamente para conter a desertificação.

“A saúde do solo é essencial para a sustentabilidade no campo. As perdas de matéria orgânica do solo e o uso contínuo e exclusivo de insumos minerais solúveis afetam negativamente sua capacidade de nutrir as culturas para um pleno desenvolvimento, pois sem a matéria orgânica tem se prejuízos em sua estruturação física, química e biológica, acelerando o processo de desertificação. “Os nutrientes alimentam as plantas, a matéria orgânica alimenta o solo”, afirma Fernando Carvalho Oliveira, engenheiro agrônomo e doutor em Agronomia, com ênfase em Solos e Nutrição de Plantas. O especialista é o responsável técnico pelo fertilizante orgânico da Tera Nutrição Vegetal.

Como os fertilizantes orgânicos atuam na recuperação do solo

Os insumos da Tera são produzidos a partir do tratamento de resíduos orgânicos urbanos, industriais e agroindustriais, com destaque para os lodos biológicos de esgotos sanitários. Esse processo resulta em um composto rico em matéria orgânica, substâncias húmicas, microrganismos, macro e micronutrientes, que proporcionam um ambiente mais saudável para as plantas e para o solo. Dentre os benefícios estão:

  • Melhorias na estrutura física do solo, aumentando a infiltração da água, reduzindo o escorrimento superficial e o processo erosivo do solo;
  • Aumenta a capacidade de retenção de água no solo;
  • Estímulo à atividade biológica natural, essencial para a ciclagem de nutrientes;
  • Aumenta a Capacidade de Troca de Cátions do Solo, contribuindo para redução de perdas de nutrientes catiônicos por lixiviação

“Adotar o uso de fertilizantes orgânicos compostos significa investimento em uma agricultura mais resiliente, aumentando a eficiência do uso de fertilizantes minerais e a resistência das plantas aos períodos prolongados de seca. Nosso composto contém grande concentração de matéria orgânica estável e recalcitrante, evitando perdas, lixiviação e volatização. Permanece por mais tempo no solo, oferecendo fertilidade longeva”, destaca Fernando.

Agricultura regenerativa: além da conservação, a restauração

A Tera Nutrição Vegetal também tem atuação alinhada aos princípios da agricultura regenerativa, que vai além da conservação para restaurar a saúde do solo. O uso responsável de fertilizantes orgânicos compostos é combinado a práticas como cobertura vegetal, rotação de culturas e manejo biológico, formando um sistema produtivo mais eficiente e sustentável, em sintonia com as metas ambientais globais.

Fonte: Viveiros Comunicacao <marcela.menoni=

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