Aplicativo facilita negócios online entre agricultores e revendas
Acelerar negócios online no campo. Essa é a aposta da Cota Agro, ferramenta digital que conecta produtores rurais à revendas e fornecedores. De forma rápida e prática, o agricultor “cota” entre diversos estabelecimentos: preços de sementes, defensivos, fertilizantes, além de máquinas, implementos agrícolas, produtos e serviços agropecuários e veterinários.
As revendas recebem a solicitação e realizam propostas ao produtor, que pode seguir a negociação pelo app ou diretamente com o fornecedor, tudo na palma da mão e de forma gratuita.
Disponível para Android e iOS, a plataforma lançada há pouco mais de dois meses já tem crescimento acima do esperado. São mais de um mil produtores rurais cadastrados em 192 municípios do Rio Grande do Sul, além de 88 revendas e fornecedores. Foram mais de duas mil cotações, que geraram 740 propostas e resultaram em R＄ 57 milhões em oportunidades de negócios.
Uma das cotações mais realizadas é por defensivos. A causa é a alta dos preços com a guerra na Ucrânia, um dos principais exportadores do insumo. Segundo estatísticas da Cota Agro, defensivos agrícolas foram buscados quase 350 vezes, seguidos por fertilizantes, com pouco mais de 70.
Por enquanto, a maioria dos produtores está no Rio Grande do Sul, assim como os fornecedores, que ao ingressarem no sistema devem informar as regiões geográficas atendidas. Assim, a plataforma dispara as cotações de maneira otimizada. Mas, existem planos de expansão da ferramenta para outros estados e regiões do país.
Idealizada há quase dois anos pelo engenheiro agrônomo Gerson Sartori, a Cota Agro conta com o desenvolvedor Augusto Farias e o engenheiro agrônomo Anderson Vedelago, como sócios. Os demais investidores são os produtores rurais Daniel Gonçalves da Silva e João Paulo Silveira, que também são usuários da ferramenta.
“É um mercado de gigantes onde nos posicionamos pelo direito do produtor de cotar. Antes ele precisava contatar várias revendas. Isso facilitou a vida dele. Agora, ele pode fazer isso de forma prática e organizada. Nosso negócio é aumentar o poder de compra do produtor, de maneira independente,” explica Daniel Gonçalves da Silva.
Conforme Sartori, CEO da plataforma, a ideia da ferramenta é ser uma facilitadora de negócios no campo. “Na busca por eficiência e sustentabilidade, ampliamos a oferta de produtos e serviços, bem como oferecemos aos revendedores uma gama maior de clientes e a possibilidade de expandir fronteiras,” argumenta o engenheiro.
Fonte: Paulo Roberto D Agustini
