Essa decisão foi bem recebida pelo setor agrícola, preocupado com o rebaixamento do ministério para um secretariado, perdendo autonomia e influência no gabinete de Fernandez. Basterra tem uma grande carreira no setor público. Em 2009, ele foi nomeado vice-presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Agrícola durante o segundo mandato de Cristina Kirchner. Depois disso, ele acessou o Congresso Nacional como representante da província de Formosa, mandato que renovou em 2015 por mais quatro anos.
Em seu primeiro mandato, chefiou o comitê de Agricultura e Pecuária da câmara baixa e quando a coalizão Cambiemos assumiu o cargo, ele continuou no comitê como vice-presidente. “Em 24 de outubro passado, ele foi eleito para um terceiro mandato. Havia rumores de que o governador de Formosa, Gildo Insfran, poderia influenciar o presidente eleito Alberto Fernandez para colocar o novo ministério da Agricultura e, nesse caso, Basterra poderia ser o candidato. Mas, com o passar das semanas, os rumores diminuíram e outro candidato ganhou a imprensa, até o último dia 4 de dezembro, quando foi informado de que havia sido escolhido para dirigir o ministério”, diz o portal.
Basterra deve lidar com a própria tensão da nova administração, já que, por um lado, o governo precisa de dólares com as exportações e o setor agrícola é o setor econômico mais dinâmico capaz de atingir esse objetivo. “Por outro lado, uma economia em recessão precisa de pesos para iniciar um processo de reativação e, também aqui, a economia agrícola poderia fornecê-los por meio de um aumento na taxa de imposto de exportação. Mas, como todos sabem, como impostos de exportação mais altos, menor produção de grãos”, conclui.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems